O jovem Noland Arbaugh, 30 anos, é a primeira pessoa no mundo a ter o implante Neuralink instalado no cérebro. A tecnologia foi criada por uma das empresas do multibilionário Elon Musk.
Para a instalação, um círculo foi cortado do crânio do jovem e os médicos implantaram uma série de sensores finos dispostos como tentáculos em seu cérebro. Os pesquisadores tentam, a partir do pensamento do ex-atleta, identificar quais comandos ele gostaria de realizar em um computador.
O chip cerebral foi colocado no dia 28 de janeiro, mas a identidade do paciente só foi revelada na semana passada, em comemoração ao 100º dia do procedimento. Desde então, Noland deu várias entrevistas.
Nas conversas, o jovem admitiu que teve dificuldades com o equipamento. Cerca de 85% dos sensores que conectavam o aparelho ao seu cérebro foram desconectados, o que reduziu as possibilidades de interação com o computador e a velocidade de execução.
“Achei que tinha funcionado durante um mês e que minha jornada com o Neurolink estava chegando ao fim. Chorei um pouco, imaginei que continuariam coletando alguns dados, mas que passariam para o próximo paciente”, disse em entrevista à Bloomberg.
Noland sofreu uma lesão na medula espinhal devido a um acidente de mergulho – por causa do incidente, ele não consegue mover o corpo do pescoço para baixo.
Os engenheiros fizeram ajustes nos sensores, mas não cogitam realizar nova cirurgia para substituir o implante inicialmente colocado. “Eu gostaria de fazer um upgrade. Espero que me coloquem na lista de prioridades deles”, acrescentou Noland.
Em entrevista ao The New York Times, ele garantiu que a experiência de utilização do Neuralink tem sido extremamente gratificante. “Acredito que é uma longa jornada e estou muito animado para continuar e mostrar o quão incrível é a tecnologia”, disse ele.
O que é o implante cerebral Neuralink?
Desde 2016, Elon Musk trabalha no desenvolvimento de um mecanismo capaz de preencher a lacuna entre o cérebro humano e o computador.
A ferramenta fica colocada em uma região que controla a intenção do movimento, interpreta a vontade do usuário e pode funcionar como um mouse sem toque.
No futuro, a empresa imagina que o aparelho poderá ser conectado a uma espécie de exoesqueleto para devolver parte dos movimentos do corpo ao usuário.
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