A partir do final de junho, os clientes Azul e Gol poderão comprar passagens de uma empresa pelos canais de venda da outra. As duas empresas anunciaram, nesta quinta-feira (23), um acordo de cooperação comercial por meio compartilhamento de códigocompartilhamento de código em inglês.
O acordo só se aplicará às rotas domésticas operadas exclusivamente por uma das duas empresas. As rotas em que ambas as empresas competem directamente estão fora do compartilhamento de código.
Através de compartilhamento de código, o passageiro utiliza pesquisas, canais de vendas e padrões de atendimento de uma empresa para embarcar em outra. No entanto, o check-in Isso deverá ser feito nos balcões ou nos canais digitais da empresa operadora do voo. Nos voos de conexão, o cliente fará o check-in na empresa que opera o primeiro trecho e receberá automaticamente os cartões de embarque para todos os voos.
O check-in de bagagem seguirá o mesmo procedimento, sendo que o cliente despacha as malas junto à empresa operadora do voo ou do primeiro trecho, recebendo-as no destino final. Para remarcar ou cancelar a viagem, o passageiro deverá entrar em contato com a empresa onde adquiriu a passagem.
Em comunicado, as duas empresas esclareceram que o acordo abrange também programas de fidelidade. Os associados Smiles (Gol) e Azul Fidelidade acumularão pontos ou milhas no programa de sua preferência.
A data exata para o início das vendas com compartilhamento de código não foi informado. As duas empresas informaram apenas que os canais passarão a oferecer rotas compartilhadas no final do próximo mês.
Monitoramento
Nas redes sociais, o ministro dos Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, destacou que esse tipo de parceria é comum no setor aéreo de diversos países. Ele destacou que o ministério e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) buscarão preservar as melhores condições para o consumidor brasileiro.
“Esse tipo de acordo comercial já ocorre entre outras companhias aéreas nacionais e internacionais ao redor do mundo. Esperamos que possa ampliar a conectividade entre os diversos destinos brasileiros, gerando maior complementaridade na malha nacional, oferecendo mais opções de voos para os brasileiros”, destacou Costa Filho.
No final de janeiro, a Gol entrou com pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos, para levantar capital e reestruturar suas finanças após a pandemia da Covid-19. A empresa informou que o pedido não afeta as operações no Brasil. Na época, o governo informou que estava acompanhando a evolução da recuperação judicial.
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