Por Fernando Cardoso
SÃO PAULO (Reuters) – A moeda caiu levemente em relação ao real nas negociações desta segunda-feira, em linha com a moeda norte-americana no exterior, abrindo uma semana que verá a divulgação de dados importantes sobre a inflação no Brasil, nos Estados Unidos e na Europa.
Às 9h47, o dólar à vista caía 0,09%, a 5,1638 reais na venda. Na B3 (BVMF), o contrato de primeiro vencimento caía 0,24%, a 5.161,5 reais na venda.
“Em uma semana marcada pela divulgação de dados de inflação nos EUA e na Europa, além dos PMIs chineses, a segunda-feira é marcada pela redução da liquidez devido aos feriados em NY e Londres, que afastam os investidores de assumir riscos”, disse Nicolas Borsoi, economista-chefe da Nova Futura Investimentos, em nota.
Esta semana, os investidores aguardam a divulgação de uma série de dados de inflação no Brasil e no exterior, em busca de sinais sobre o futuro da política monetária dos bancos centrais de todo o mundo nos próximos meses.
Na terça-feira, o IBGE divulgará os dados do IPCA-15 de maio. Entretanto, na sexta-feira serão publicados os números dos preços ao consumidor da zona euro, bem como o índice de preços das despesas de consumo pessoal (PCE) dos Estados Unidos.
Esta bateria de dados deverá receber grande atenção dos mercados globais, que aguardam o início dos ciclos de flexibilização monetária por parte do Banco Central Europeu (BCE) e da Reserva Federal.
A expectativa é que o BCE comece a cortar as taxas de juro já em Junho, bem antes da Fed, com as actuais apostas do mercado a apostarem na flexibilização da política monetária dos EUA apenas no final do ano.
No geral, quanto mais o banco central dos EUA reduz as taxas de juro, pior para o dólar, que se torna comparativamente menos atraente quando os rendimentos das obrigações do governo dos EUA diminuem.
Ainda no cenário doméstico, o mercado posteriormente recorrerá aos discursos das autoridades do Banco Central.
O presidente do BC, Roberto Campos Neto, discursa em palestra promovida pelo Grupo de Líderes Empresariais (LIDE), em São Paulo, a partir das 12h. Mais tarde, às 18h, o diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo, participa do evento Market Talks 1ª Edição, promovido pela Liga do Mercado Financeiro da Universidade Federal de Itajubá (UNIFEI).
Outro destaque desta segunda foi a revisão da projeção para o IPCA feita por economistas consultados no relatório Focus. Os analistas veem agora o índice fechando o ano em 3,86%, acima da estimativa da semana anterior de 3,80%.
Para o próximo ano, a projeção aumentou ligeiramente, para 3,75%, ante 3,74%, segundo o Focus. O centro da meta oficial para a inflação em 2024, 2025 e 2026 é de 3,00%, sempre com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.
Na sexta-feira, o dólar à vista encerrou o dia cotado a 5,1682 reais na venda, leve alta de 0,29%. Na semana, a moeda acumulou alta de 1,28%.
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