Ao melhorar a qualidade do ensino público, o governo pretende ganhar a confiança da classe média, ao ponto de esta optar por colocar os seus filhos em escolas públicas gratuitas, em vez de privadas. A afirmação foi feita nesta segunda-feira (28) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante cerimônia no Palácio do Planalto, onde foram apresentados os resultados do Compromisso Nacional pela Alfabetização da Criança.
Segundo números apresentados pelo Ministério da Educação, o Brasil recuperou o desempenho de alfabetização observado no período pré-pandemia, atingindo as metas estabelecidas para 2023.
A pesquisa mostra que, em 2019, o percentual de alunos alfabetizados nas escolas públicas do país era de 55%. Devido à pandemia, este índice caiu para 36% em 2021, mas em 2023 voltou ao patamar anterior, atingindo 56%.
Metas
Para 2024, a meta do governo para a alfabetização é de 60% das crianças brasileiras. Esta percentagem sobe para 64% em 2025 e 67% em 2026. Nos anos seguintes, as metas sobem para 71% (em 2027); 74% (2028), 77% (2029), até ultrapassar 80% a partir de 2030.
Segundo Lula, o comprometimento com esses objetivos não é algo muito glorioso. “Por que 80% e não 100%? Sejamos francos. Não há razão para nos orgulharmos de ver que em 2019 só tínhamos 55% de crianças alfabetizadas na idade certa. E, com a pandemia, esse número caiu para 36%. E agora voltamos a 56%. Ou seja, em 2024 voltamos a 2019. Ainda é um feito extraordinário, mas poderia ser melhor. Por isso estamos propondo que, até 2030, cheguemos a pelo menos 80%”, disse o presidente.
“É, claro, uma coisa nobre, mas também uma coisa pequena, porque precisamos de chegar aos 100%. Não faz sentido explicarmos a qualquer ser humano no planeta Terra que neste país as crianças não são alfabetizadas quando estão na escola”, acrescentou.
Qualidade atrairá classe média
Lula lembrou que as escolas públicas tinham “qualidade extraordinária” quando eram para poucos. “Se você olhar para os grandes intelectuais deste país, todos eles vêm de escolas públicas. Mas quando você universalizou o ensino e colocou [nele] todo mundo, uma parte da sociedade acabou saindo da escola pública, porque não tinha a qualidade exigida, e foi para a escola particular. A parcela mais pobre da população ficou com escolas públicas”, afirmou o presidente.
“Só vamos trazer a classe média de volta ao ensino público no ensino fundamental quando melhorarmos a qualidade do ensino. Quando isso acontecer, as pessoas da classe média preferirão colocar os seus filhos numa boa escola pública em vez de numa escola privada”, acrescentou.
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