Ó Boletim InfoGripe A Fiocruz reafirma o alerta para internações por síndrome respiratória aguda grave (SRAG), especialmente influenza A (gripe) e vírus sincicial respiratório (VSR). O cenário nacional apresenta atualmente uma situação heterogênea, com alguns estados apresentando reversão na tendência de crescimento, enquanto outros ainda mantêm o ritmo de aumento semanal.
O estudo destaca ainda que, devido à situação atual no Rio Grande do Sul, os dados das últimas semanas devem ser analisados com cautela devido aos possíveis impactos na capacidade de atendimento e registro eletrônico de novos casos de SRAG no estado.
Embora existam alguns casos também associados ao rinovírus, o predomínio de internações por SARS atualmente no país continua a ser devido à influenza A e ao VSR. Ao analisar a gripe A, observa-se uma situação de reversão e interrupção do crescimento na região Nordeste, com início de declínio em vários estados. No Centro-Sul brasileiro, porém, há um maior número de estados que continuam apresentando aumento, embora alguns deles já comecem pelo menos a reduzir o ritmo de crescimento semanal. Em relação ao RSV, o quadro é ainda mais homogêneo em todo o país, mantendo-se o grupo de estados com cenário de aumento.
Coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes pede cuidado. “De modo geral, continuamos a ter volumes significativos de internações por infecções respiratórias. Quando olhamos para o agregado nacional, temos uma situação de platô, por isso continuamos com as recomendações fundamentais e básicas, ou seja, a vacinação contra a gripe, principalmente para quem está em risco, e o uso de boas máscaras para toda e qualquer pessoa que esteja com sintomas de resfriado, gripe e qualquer pessoa que procure uma unidade de saúde”, disse Gomes.
Destacou ainda que, independentemente do motivo da ida ao centro de saúde, o uso de máscara é fundamental para prevenir o contágio e circulação deste tipo de vírus. “São pequenos cuidados que cada um de nós pode tomar neste momento que vão acabar ajudando toda a população.”
Nas últimas quatro semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos com resultado positivo para vírus respiratórios foi de influenza A (25,8%), influenza B (0,4%), vírus sincicial respiratório (56%) e Sars-CoV-2/covid-19 (4,5%). Entre os óbitos, a presença desses mesmos vírus entre os positivos foi influenza A (47,6%), influenza B (0,3%), vírus sincicial respiratório (17,6%) e Sars-CoV-2/covid -19 (26,6% ).
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