Por Letícia Fucuchima
SÃO PAULO (Reuters) – Eletrobras (BVMF:) e Prumo (BVMF:) assinaram nesta quarta-feira um memorando de entendimentos para a produção de hidrogênio verde e derivados no Porto do Açu (RJ), em uma iniciativa que deve envolver a instalação de uma planta piloto e estudos para projetos de maior escala, disseram as empresas à Reuters.
O acordo visa fornecer energia hidrelétrica competitiva da Eletrobras para projetos de hidrogênio de baixo carbono para indústrias ligadas à transição energética que buscam se instalar no porto da zona norte do Rio de Janeiro, operado pela Prumo, controlada pela EIG e Mubadala.
A parceria reúne vantagens competitivas de ambos os lados. A Eletrobras traz energia estável, enquanto o Açu possui infraestrutura que já conta com licença ambiental e conexão à rede elétrica. Isso reduz os custos de produção do combustível renovável, viabilizando seu desenvolvimento inicial no Brasil, segundo as empresas.
Entre as indústrias que se mudam para o Açu estão a Vale (BVMF :), que estuda a construção de um complexo industrial para fabricar produtos de baixo carbono, e a Toyo Setal, com uma fábrica de fertilizantes nitrogenados.
A ideia da Eletrobras e da Prumo é começar pela avaliação de uma planta piloto, com até 10 megawatts (MW) de capacidade, utilizando recursos de pesquisa e desenvolvimento (P&D), aproveitando a experiência da Eletrobras em projeto semelhante já em operação na Usina Hidrelétrica de Itumbiara (MG/GO).
Ítalo Freitas, vice-presidente de comercialização da Eletrobras, destaca que o principal “trunfo” da empresa é seu portfólio de 47 hidrelétricas, que compõem grande parte de seu parque gerador de 44,6 gigawatts (GW), capazes de entregar “plano “energia. para a produção de combustível, ou seja, sem as variações e intermitências da geração eólica e solar.
“A Eletrobras está começando a ter um papel forte na economia do hidrogênio… Queremos desenvolver a demanda, ajudar os clientes a viabilizar a produção competitiva de hidrogênio”, disse.
A maior empresa de energia da América Latina avançou com diversos acordos na área desde o início do ano. No mês passado, firmou parceria com a Green Energy Park para fornecer energia a um futuro projeto de hidrogênio no Piauí. Também iniciou estudos com Paul Wurth para produzir o insumo com foco na siderurgia.
Segundo Freitas, qualquer investimento da empresa em projetos de combustíveis renováveis será avaliado “caso a caso”.
“Ainda não nos posicionamos como investidores na planta de hidrogênio, mas chegar com a energia para essa produção de hidrogênio, isso é certo.”
CENTRO DE SOLUÇÕES
Para o Porto do Açu, o novo acordo, assinado nesta quarta-feira na H2 Hydrogen Expo 2024, vem em linha com os planos de se posicionar como um hub de soluções para a transição energética.
A estratégia do porto é reunir num mesmo espaço a produção de energias e combustíveis renováveis e o consumo industrial destas soluções, ajudando a viabilizar projetos de descarbonização através da redução de custos de transporte, armazenamento e outros.
Mauro Andrade, diretor de Desenvolvimento de Novos Negócios da Prumo, destaca que existem diversas rotas para estimular a demanda por hidrogênio verde, como projetos em desenvolvimento no porto para produção de e-metanol e combustível de aviação sustentável (SAF), fertilizantes verdes, entre outros .
Segundo o executivo, o Açu tem condições de “avançar” nesse setor porque já possui uma infraestrutura elétrica robusta e pronta para conexão com o Sistema Interligado Nacional (SIN) por causa da Gás Natural Açu (GNA), maior complexo termelétrico a gás do país. América Latina instalada na área portuária.
“Ter essa infraestrutura para poder levar energia para o porto, sem precisar reforçar subestações ou linhas de transmissão, é uma vantagem que reduz bastante o Capex (investimento) do projeto.”
Além de receber energia da rede, a expectativa é que as usinas de hidrogênio também possam ser alimentadas por novas usinas renováveis da região, como a solar e futuras eólicas offshore no litoral.
O Açu também tem trabalhado em outros “habilitadores” para os projetos, diz Andrade, citando a recente emissão de licença ambiental para projetos renováveis de hidrogênio, amônia e e-combustíveis em uma área de 1 milhão de metros quadrados no porto.
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