1 ano e 5 meses após o início de seu 3º governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda não cumpriu uma das principais promessas feitas após ser eleito presidente da República em 2022: a criação de um Autoridade Climática. A ideia, apresentada pela ministra Marina Silva (Meio Ambiente e Mudanças Climáticas), enfrenta problemas orçamentários e desinteresse por parte de setores governamentais.
A nova agência teria a responsabilidade de fiscalizar o cumprimento das metas ambientais e integrar as ações do Executivo federal no setor com Estados e municípios. Também teria estrutura própria de funcionários.
A recente tragédia no Rio Grande do Sul, causada por chuvas intensas e enchentes recordes, trouxe o tema de volta à ordem do dia depois de ter sido deixado de lado pelo Planalto. Marina e outros ministros, como o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, defenderam mais uma vez publicamente a criação do cargo.
De acordo com Poder360 constatou, no entanto, que há dificuldade para o Planalto avançar com a proposta por falta de recursos para criação de novos cargos e, ao mesmo tempo, diversas categorias do serviço público estão em greve ou negociando aumentos salariais.
MINISTROS DEFENDEM
O ministro do Meio Ambiente defendeu a criação de um novo órgão federal para atuar como operador do plano de prevenção de desastres, em discussão no Executivo federal. Ela disse que não se importava com o nome que seria dado à nova estrutura. Ela fez uma declaração em entrevista ao CNN Brasil.
À mesma emissora, Fávaro disse apoiar a criação de uma Autoridade Climática. “Se o principal ativo da agricultura brasileira é o clima, um clima estável com chuvas regulares, nem excessivas nem insuficientes, e a quantidade certa de sol, uma autoridade que cuida do clima é fundamental para a agricultura”ele disse na época.
No final de 2022, logo após ser anunciada como ministra, Marina Silva disse que a autoridade não seria criada “de imediato”, porque Lula havia decidido que não haveria acréscimo de cargos naquele momento, visto que seu governo já contava com 37 ministérios (atualmente são 39). A autoridade estava prevista para ser criada em março de 2023.
Em maio deste ano, Lula afirmou que o “paradigma” para o tratamento de desastres climáticos no Brasil “mudado”. Ele disse ainda que o governo prepara um plano de prevenção de desastres climáticos para estados afetados por situações semelhantes às do Rio Grande do Sul.
O Ministro do Ambiente e Mudanças alertou para a necessidade de construir medidas para prevenir e mitigar eventos extremos ligados às alterações climáticas.
Foi anunciado investimento de R$ 1,7 bilhão para prevenção de desastres naturais relacionados à contenção de encostas como parte de pacote de R$ 18,3 bilhões do Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
Durante o anúncio, o presidente disse que a tragédia causada pelas chuvas históricas no Rio Grande do Sul foi um “Perceber” aos humanos sobre as mudanças climáticas.
“O que aconteceu no Rio Grande do Sul é um alerta para todos nós, seres humanos. Precisamos levar em conta que a Terra está cobrando seu preço”ele declarou.
OUTRAS PROPOSTAS
A crise no Rio Grande do Sul, porém, pressiona o governo federal. Desde que o desastre ambiental ocorreu no estado do Rio Grande do Sul, propostas legislativas têm sido apresentadas por entidades e parlamentares.
Segundo o coordenador da Frente Ambientalista, deputado Nilto Tatto (PT-SP), os projetos estão em andamento, mas dificilmente terão continuidade sem o apoio do governo, que ainda não tem planos de enviar proposta própria.
Há projetos de diferentes abrangências na Câmara para lidar com a crise gaúcha e, consequentemente, com as mudanças climáticas. Uma das propostas é da deputada Erika Hilton (Psol-SP), que propõe a criação de centros climáticos locais que teriam a responsabilidade de fazer a ponte com a população local.
“Responsável por articular intersetorialmente ações integrais de cuidado e proteção com foco na garantia dos direitos das populações e comunidades vulneráveis, além de ações para reparar os impactos negativos dos eventos climáticos e ambientais nos processos de deslocamento ambiental e climático, auxiliando também a comunidade desenho de medidas para prevenir, adaptar e mitigar as mudanças climáticas”, diz o projeto.
No dia 21 de maio, a CNM (Confederação Nacional dos Municípios) anunciou uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) para viabilizar a criação do Conselho Nacional de Mudanças Climáticas, da Autoridade Climática e do Fundo Nacional de Mudanças Climáticas, que seria administrado por um órgão nacional. consórcio formado por municípios.
Pela proposta, a União abriria mão de 3% da arrecadação do Imposto sobre IPI (Produtos Industrializados) e do Imposto de Renda, que seriam destinados ao fundo. O valor, segundo a CNM, representaria cerca de R$ 25 bilhões por ano.
Através do mecanismo proposto, os fundos podem ser direcionados diretamente para ações de prevenção e combate aos efeitos das alterações climáticas, fora do Orçamento Geral da União. A proposta, porém, ainda não foi protocolada na Câmara dos Deputados.
Pronunciamento na TV
Por conta do Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado nesta quarta-feira (4 de junho de 2024), Marina Silva falou à nação em rede nacional de rádio e TV. O ministro não mencionou, no entanto, nada sobre a Autoridade do Clima.
O chefe do Meio Ambiente anunciou a criação de um Plano Nacional de Enfrentamento à Emergência Climática. O ministro também citou as enchentes no Sul do Brasil e disse que o momento exige que o governo tome medidas efetivas contra eventos extremos como este.
“Estamos a concluir a atualização da Estratégia Nacional de Mitigação e Adaptação às Alterações Climáticas e lançaremos um Plano Nacional para Enfrentar a Emergência Climática. Focado principalmente nos municípios e áreas de maior risco, o plano irá estruturar a capacidade do governo para lidar com o pré-desastre, fortalecendo a análise de risco, ações de prevenção e preparação”ele declarou.
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