A retirada nesta terça-feira, 4, do trecho que tratava da tributação de compras internacionais de até US$ 50 (cerca de R$ 264) do projeto que cria o Programa de Mobilidade e Inovação Verde (Mover), para incentivar o setor automotivo, em Uma votação no Senado abriu uma nova crise entre o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e o Planalto. A proposta foi aprovada pelos deputados na semana passada, após acordo entre Lira e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Irritado com a mudança, Lira ligou para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que está em Roma para participar do workshop Enfrentando a Crise da Dívida no Sul Global, para reclamar da exclusão do trecho, conforme apurou o Coluna do Estadão.
Sem o aparelho, o projeto poderá até ser aprovado no Senado, mas terá que voltar à Câmara. Lira disse que o Mover sem tributação não poderá passar pelos deputados.
“Se o Senado mudar o texto, necessariamente terá que voltar (para a Câmara). O que não sei é como os deputados vão encarar uma votação que foi feita de comum acordo (com o governo) se ela voltar. o Mover tem sérios riscos de cair junto e não ser votado na Câmara acho que por algumas conversas que tive, estamos aguardando pacientemente”, disse o presidente da Câmara.
Ainda ontem, após as alterações feitas pelo relator da matéria no Senado, Rodrigo Cunha (Podemos-AL), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), decidiu adiar a votação da proposta para hoje às a pedido do líder do governo em Casa, Jaques Wagner (PT-BA). “Devido à complexidade da questão, penso que o pedido do líder do governo é muito razoável”, disse ele.
‘Nada para ver’
O Imposto de Importação de 20% sobre produtos estrangeiros com valor de até US$ 50 só foi aprovado após acordo com o Planalto. “Um fato importante é que as coisas, mais uma vez, têm que ter uma orientação única em relação aos acordos que são firmados nas matérias que tramitam no Congresso Nacional. Acho que o governo vai corrigir e votar o texto que foi acertado”, disse Lira ontem.
Antes do início da sessão do Senado, o relator disse que a tributação “nada tem a ver” com o projeto que estabelece o programa de incentivo ao setor automotivo. “Estamos tratando de um projeto chamado Mover, não tem nada a ver com taxação de blusas”, disse o relator ao se referir à proposta de arrecadação de impostos, que deverá incidir sobre compras de baixo valor, geralmente roupas, feitas em sites asiáticos.
Segundo Rodrigo Cunha, os consumidores foram “pegos de surpresa” com a inclusão de um imposto de 20% sobre produtos importados pela Câmara dos Deputados na proposta do Mover. O senador disse que conversou com Haddad para preparar seu parecer.
“Vamos defender que a tributação das blusas seja tratada de forma diferente”, afirmou. “Temos que respeitar a intenção do varejo nacional, mas a discussão sobre tributação pode ser mais positiva”.
Lira afirmou que Haddad lhe disse que não fez acordo com o relator para retirar o trecho. “O governo não quebrou nenhum acordo porque não aconselhou que (a tributação) fosse retirada”, disse Wagner à noite.
Além da seção sobre comércio pela internet, o relator também retirou da proposta uma alteração ao texto do Mover que estabelece percentuais mínimos de conteúdo local fixados em lei para a exploração, desenvolvimento e escoamento de, por exemplo, “itens como a emissão de petróleo e o gás e o álcool serão retirados do texto apresentado e, obrigatoriamente, deverão seguir para a Câmara”, declarou Cunha.
Bicicletas e Zona Franca
O relator do projeto Mover no Senado informou que também decidiu retirar do texto a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para a produção de bicicletas.
Em discurso no plenário, Cunha leu o trecho de seu parecer que diz que, com a redução do IPI, “haverá perda de vantagem competitiva para as indústrias que se instalaram na Zona Franca de Manaus”. A informação é do jornal O Estado de S. Paulo.
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