O Pantanal, a maior planície aluvial do mundo, deverá enfrentar uma seca extrema nos próximos meses. O alerta foi feito pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, durante apresentação do balanço da secretaria nesta quarta-feira (5/6).
O bioma ocupa partes de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, além de se estender pela Bolívia e Paraguai.
Além do Pantanal, o ministro ressalta que a Amazônia também poderá voltar a sofrer com a seca, como os cenários registrados no ano passado. Segundo ela, a mudança de cenário acontece em meio às enchentes no Rio Grande do Sul, que representam os efeitos das mudanças climáticas.
“O que estamos vendo nas chuvas no Rio Grande do Sul, veremos na seca, provavelmente na Amazônia e no Pantanal. E o que temos como consequências — de deslizamentos, perda de lavouras — associadas às chuvas, teremos o terrível fenômeno que são os incêndios e as queimadas”, afirmou Marina Silva.
Incêndios devastam o Pantanal
Seca no Pantanal
Buda Mendes/Getty Images
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Imagens da devastação no Pantanal
Thallita Oshiro/ As Chamadas do Pantanal
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Bombeiros do DF atuam em incêndios no Pantanal
Divulgação/Bombeiros do DF
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Esta região é banhada pelo encontro das águas dos rios Negro e Amazonas.
Sarah Teófilo
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Rio Negro, no Amazonas, durante a seca
reprodução
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Segundo o ministro do Meio Ambiente, a falta de chuvas no Pantanal também pode levar ao aumento dos incêndios florestais. “[Estamos] tentando antecipar, já tendo claro que vamos ter uma grande seca, [há] uma grande quantidade de matéria orgânica na zona húmida, o que provavelmente [faz com que aumente] o risco de incêndio.”
Acentuado pelas mudanças climáticas, o Pantanal passou pela pior seca da história em 2020. Quando cerca de 30% de toda a cobertura vegetal do bioma foi devastada pelo fogo. Na época, segundo levantamento do WWF-Brasil, pelo menos 17 milhões de animais vertebrados morreram.
Na época, o Pantanal registrava 8.106 focos de calor em setembro de 2020, segundo informações do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). O número representa um recorde para o período.
Por outro lado, maio deste ano registrou 246 focos de calor, número inferior aos 313 focos detectados no mesmo mês de 2020. Porém, o índice representa um alerta para um possível aumento de queimadas no Pantanal.
O período seco no Pantanal começa em maio, mas seu pico só ocorre em setembro. Este cenário é agravado pelo fenômeno climático El Niño, responsável pelo aquecimento das águas do Pacífico, que repercute no aumento das temperaturas na região central do Brasil.
A Agência Nacional de Águas (ANA), em conjunto com o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) e o Operador Nacional do Sistema Elétrico, indicaram em maio o agravamento da situação de seca em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Esta situação se deve à falta de chuvas e às temperaturas acima da média na Bacia do Alto Paraguai.
De acordo com o Índice Integrado de Secas (IIS3) do Cemaden, também divulgado em maio, há três municípios em situação de seca severa tanto em Mato Grosso quanto em Mato Grosso do Sul.
O Centro indica que a situação de seca pode se intensificar, principalmente no norte dos dois biomas presentes no Pantanal. Porém, também indica um agravamento da seca no sul do Pará e no interior de São Paulo.
Diante do cenário preocupante, o ministro do Meio Ambiente e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinaram o Pacto para Prevenção e Controle de Incêndios com governadores do Pantanal e da Amazônia.
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