SÃO PAULO (Reuters) – O diretor de Assuntos Internacionais e Gestão de Riscos Corporativos do Banco Central, Paulo Picchetti, disse nesta sexta-feira que o desafio de levar a inflação à meta é “enorme” e ainda é prematuro falar em retorno do aumento das taxas de juros por parte do município.
“Acho prematuro, por enquanto, falar nisso”, disse Picchetti, após ser questionado sobre a possibilidade de o BC aumentar novamente a taxa básica Selic, atualmente em 10,50% ao ano.
“Por enquanto é prematuro. Agora, dado o compromisso, continua existindo uma dependência extrema de dados para a tomada de decisões”, acrescentou, em referência ao compromisso do BC de levar a inflação para o centro da meta, de 3%. .
Os comentários de Picchetti ocorrem em um momento de piora do cenário e aumento das expectativas de inflação. A curva de juros brasileira precificou principalmente a manutenção da Selic em 10,50% ao ano neste mês. Esta manhã, também precificou um aumento da Selic a partir de setembro, na esteira do aumento nos rendimentos do Tesouro após a divulgação de dados fortes do mercado de trabalho dos EUA.
No relatório Focus, a projeção de inflação para 2025 passou de 3,75% para 3,77% nesta semana, acima da meta de 3%, no quinto aumento consecutivo.
“O desafio de colocar a inflação dentro da meta é enorme, mas terá que ser perseguido, em conjunto com o fiscal”, comentou Picchetti, reforçando que o mandato do BC é garantir a estabilidade de preços. “Faremos o que for necessário para estabilizar os preços e acreditamos que o crescimento é resultado disso.”
Picchetti disse ainda que o compromisso com o centro da meta, de 3%, busca evitar uma “mexicanização” da política monetária no Brasil – ou seja, a instituição não necessariamente persegue o objetivo central. “Há um objetivo e vamos persegui-lo”, reforçou.
Ao abordar os impactos da área fiscal na política monetária, Picchetti citou iniciativas, como a possibilidade de desvincular o reajuste da Previdência Social do salário mínimo, como positivas, mas lembrou que mudanças como essa são “enormes desafios políticos”.
“Do lado fiscal cabe a nós fiscalizar, como condição”, afirmou. “As boas notícias do lado da revisão dos gastos – e não apenas das revisões das receitas – dependem dos desafios políticos dentro do Congresso”, acrescentou.
Picchetti deu palestra nesta sexta-feira em evento promovido pela FGV/EESP em São Paulo, respondendo também a perguntas do público.
(Reportagem de Fabrício de Castro)
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