Depois do alívio verificado ontem, quando subiu 1,23% e registou o maior ganho desde 26 de abril, o índice regressou ao terreno negativo esta sexta-feira, que também declarou perda na semana, a terceira consecutiva. Hoje, oscilou entre a mínima de 120.679,06 (-1,81%), no final da tarde, e a máxima de abertura de 122.898,80 pontos, com movimento de R$ 21,7 bilhões na sessão. No fechamento, marcou queda de 1,73%, aos 120.767,19 pontos, acumulando perda de 1,09% na semana e no início do mês – no ano, agora cai 10,00%. O nível de fechamento desta sexta ainda é o menor desde o último dia 13 de novembro, em 120.410,17 pontos. A perda desta sexta também foi a maior desde 21 de setembro (-2,15%)
No meio da tarde, também com a retomada dos ruídos em torno da situação fiscal doméstica, o Ibovespa passou a acentuar as mínimas da sessão, mais do que devolvendo os ganhos do dia anterior, que haviam colocado o índice em terreno positivo na semana. A reversão começou cedo, com os dados oficiais do mercado de trabalho americano, item mais esperado da agenda da semana.
“Hoje, a curva de juros aqui e em Nova York abriu em todos os pontos, com a surpresa no número de empregos criados nos Estados Unidos. Aumentaram os temores de que a taxa de juros americana permaneça alta por mais tempo, para conter a inflação”, observa Inácio Alves, analista da Melver, destacando as retiradas de recursos externos acumuladas desde o início do ano na B3 (BVMF), em R$ 37 bilhões, com revisões constantes sobre onde estará a taxa livre de risco no final de 2024.
Para a reunião de política monetária do Federal Reserve, em setembro, os dados da plataforma CME desta tarde mostraram divisão do mercado quanto à possibilidade de corte dos juros a partir desse mês: 50,8% de chance de redução em setembro e 49,2%, manutenção. Além disso, o mercado volta a ver, com mais força, a possibilidade de apenas um corte na taxa diretora do Fed em 2024 – e o risco de não haver nenhum corte também aumentou, de 5,5% para 14%, mostra a CME.
Assim, desde a manhã, a decepção com os dados da folha de pagamento – com criação de empregos e ganhos salariais acima das expectativas para maio – manteve os ativos brasileiros pressionados nesta última sessão da semana, com o Ibovespa caindo, os juros e o câmbio subindo. A piora do Ibovespa foi acompanhada, à tarde, pela acentuação das perdas na Petrobras (BVMF), tanto no ON quanto no PN, ambos na renovação das mínimas do dia. No fechamento, o ON marcou -3,38% e o PN, -3,75%, em correção bem acima do ajuste negativo moderado desta sexta.
A Vale ON (BVMF:), por sua vez, perdeu 1,31% hoje e acumulou queda de 4,41% na semana – correção um pouco menor que a da Petrobras ON (BVMF:) (-5,18%) e PN (-4,77%) no intervalo. Entre os grandes bancos, segmento que também é importante no Ibovespa, as perdas ficaram entre 0,77% (Bradesco (BVMF:) PN) e 1,70% (BB (BVMF:) ON) na sessão – na semana, porém, apenas o Santander (BVMF:) (Unidade -1,69%) apresentou retração. Apenas sete das 86 ações do Ibovespa fecharam o dia em alta, com Embraer (BVMF:) (+4,04%), São Martinho (BVMF:) (+2,76%) e Marfrig (BVMF:) (+1,09%) à frente. No lado oposto da sessão, LWSA (-8,46%), Magazine Luiza (BVMF:) (-7,56%) e MRV (BVMF:) (-6,02%)
Desde 16 de maio, foram registrados apenas três ganhos do Ibovespa – os dois iniciais, de apenas 0,20% e 0,15% – em um longo intervalo que atualmente chega a 16 sessões. A vazante levou o Ibovespa a ampliar a série negativa: nas últimas cinco semanas, o índice avançou apenas uma, e um pouco (+0,43%), entre 13 e 17 de maio. Hoje, a decepção em torno do relatório de emprego nos Estados Unidos fez com que o Ibovespa operasse em queda desde a abertura.
“A média móvel de três meses na criação de vagas voltou a crescer – dado nada positivo quando se espera redução nas taxas de juros nos EUA”, aponta Gustavo Sung, economista-chefe da Suno, destacando também a evolução da média salário por hora trabalhada, alta de 0,4% na variação mensal e de 4,1% em 12 meses – ou seja, mais que o dobro da meta oficial de inflação nos EUA, de 2% ao ano. Para Sung, a leitura de hoje da folha de pagamento “frustra as expectativas de cortes de juros no terceiro trimestre” nos Estados Unidos, o que deve resultar em uma revisão do cenário para a política monetária norte-americana.
“Isso impacta principalmente os países emergentes, que têm visto a saída dos fluxos externos, mantendo assim o pessimismo”, afirma André Fernandes, head de renda variável e sócio da A7 Capital, destacando em especial a pressão sobre o câmbio, que fechou hoje com caixa cotado a R$ 5,32, alta de 1,41% na sessão. “O estresse deve continuar se os dados de inflação dos EUA, na próxima quarta-feira, também forem fortes e piores do que o esperado pelo mercado.”
Mesmo assim, após um final de semana bastante negativo para o Ibovespa, as expectativas para as ações no curtíssimo prazo foram positivas, segundo o Broadcast Bolsa Termômetro desta sexta. Entre os participantes, a previsão de que na próxima semana haverá ganhos para o índice subiu para 71,43%, ante 25,00% na pesquisa anterior. As estimativas de estabilidade e declínio têm, cada uma, uma participação de 14,29%. No último Termômetro, as projeções eram, respectivamente, de 25,00% e 50,00%.
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