Funcionários ambientais do Executivo federal ameaçam entrar em greve por falta de acordo com o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em relação ao reajuste salarial. O Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) indicou nesta sexta-feira (7/6) o fim da mesa de negociação com a área ambiental do serviço público.
O anúncio acontece durante a Semana Mundial do Meio Ambiente, quando o governo Lula, especialmente a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva (Rede), tenta capitalizar apresentando bons resultados dos servidores no combate aos crimes ambientais e na proteção dos biomas brasileiros.
Na quarta-feira (5/6), quando foi comemorado o Dia Mundial do Meio Ambiente, Marina Silva e Lula apresentaram um balanço positivo da área ambiental durante o terceiro governo do PT. O ministro do Meio Ambiente ainda destacou a importância dos servidores públicos na preservação da fauna e da flora brasileiras.
Porém, a importância da classe não se refletiu nas negociações com o Ministério da Administração, liderado por Esther Dweck. A secretaria econômica alegou que não há espaço no orçamento para readequação de servidores.
“Conforme informado na última reunião da mesa específica, o governo atingiu o limite máximo, do ponto de vista orçamentário, do que pode oferecer. Dito isto, o MGI aguarda posicionamento formal da entidade dos servidores, esclarecendo que o prazo para continuidade da tabela já expirou”, informou o diretor de Relações Trabalhistas, Mário dos Santos Barbosa.
A notícia não caiu bem entre a classe ambientalista. Funcionários do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e do Serviço Florestal Brasileiro anunciaram a greve no início do ano, com foco apenas nas atividades internas. Porém, com a negação, não se pode descartar a possibilidade de uma greve geral.
“O governo afirma que as negociações com a área ambiental estão encerradas. Sem acordo, não há motivos para a categoria retomar as atividades normais. Sem negociar espaço não há como resolver o impasse. Os prejuízos estão contratados, a conta vai chegar”, anunciou a Associação Nacional dos Servidores de Carreira Especialistas em Meio Ambiente (Ascema Nacional).
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operação Ibama vale do javari mineração ilegal
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A indicação de greve ocorre em meio aos preparativos para a conferência climática da ONU, a COP 30, marcada para Belém (PA) no ano que vem. No encontro, o governo Lula deverá apresentar o Brasil como um grande porta-voz do meio ambiente e um país que investe na sustentabilidade e protege os recursos naturais.
Com a paralisação dos servidores da área ambiental, os números do desmatamento no Cerrado e dos incêndios florestais no Pantanal, que já não são confortáveis, podem piorar.
“O último ato oficial da Semana Mundial do Meio Ambiente é uma mensagem explícita aos servidores ambientais e, portanto, a toda a área ambiental: vocês não importam para nós! Trabalhe pela causa, pois não haverá reconhecimento”, concluiu a Ascema Nacional.
O Pantanal registrou aumento de 898% nas queimadas de janeiro a maio deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado. Os números são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
O desmatamento no Cerrado fechou 2023 com aumento de 68%, em relação a 2022. As informações são do Relatório Anual sobre Desmatamento no Brasil do MapBiomas. Foram 1.110.326 hectares destruídos no bioma no ano passado.
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