O nível do rio Guaíba continua caindo. Às 9h deste domingo (9 de junho de 2024), a profundidade do curso d’água próximo à Usina do Gasologista, em Porto Alegre, atingiu 2,91 metros. Este é o menor registro desde 3 de maio, quando se intensificaram as tempestades que atingiram o Rio Grande do Sul no final de abril, causando a maior tragédia climática da história do estado. No dia 6 de maio, no mesmo local, as águas atingiram 5,33 metros.
A boa notícia, porém, não ameniza as preocupações dos moradores do extremo sul do estado. Isso porque o grande volume de água que escoa do Guaíba passa pela Lagoa dos Patos antes de desaguar no Oceano Atlântico. E a velocidade com que isso ocorre é afetada por uma combinação de fatores que podem retardar o fluxo, incluindo a direção do vento e a velocidade da corrente marítima.
Embora o nível da Lagoa dos Patos tenha caído lentamente nos últimos dias, em geral, permanece acima dos níveis de enchente. E a chegada de uma nova frente fria ao estado e a possível volta das chuvas podem comprometer a situação. Segundo a Defesa Civil estadual, poderá voltar a chover forte (de 150 mm a 200 mm em 2 dias) no dia 15 de junho nas regiões de Vales, Serra, Litoral Norte e Grande Porto Alegre.
ALERTA
A previsão motivou o Cemaden (Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais) a emitir um alerta sobre o “alto risco hidrológico”, ou seja, de novas enchentes e enchentes nas proximidades da foz da Lagoa dos Patos.
“Devido à previsão meteorológica, que indica vento do quadrante norte/noroeste, a previsão hidrológica é que a Lagoa dos Patos permanecerá em recessão; mas com alterações na drenagem devido à maré e aos ventos predominantes”, disse o centro ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação.
“O alerta do Cemaden se deve ao fato de o nível da Lagoa dos Patos já estar acima do nível de enchente. E, pela ação dos ventos e escoamento mais lento, deve permanecer assim pelos próximos dias. Ou seja, não é um indício de novas enchentes, mas sim de continuidade da situação atual”, disse o hidrólogo Pedro Camargo, da Sala de Situação criada pelo governo do Rio Grande do Sul.
Para Camargo, a possível chegada de uma nova frente fria poderá, conforme anunciado pelo Cemaden, provocar fortes chuvas, afetando o comportamento dos rios que cortam o Estado, inclusive os que formam a Bacia Hidrográfica do Guaíba.
“Mas também pode não ser nada muito significativo. Existe, de facto, a perspectiva de que o nível de alguns rios volte a subir, podendo, em alguns casos, atingir limiares de alerta, mas é pouco provável que ultrapassem isso”, afirmou.
Coordenador da Defesa Civil da cidade de São José do Norte, na foz da Lagoa dos Patos, o secretário municipal de Transportes e Trânsito, Jonas Costa, também considera que, embora seja necessário permanecer alerta, não há motivos para assustar os população já traumatizada com fatos recentes.
“Esperemos que esta frente fria não traga mais chuvas fortes, pois isso seria um grande problema, mas estamos a acompanhar a situação e, se necessário, tomaremos novas medidas”, assegurou Costa ao informar que o município banhou perto da lagoa ainda não se recuperou das últimas chuvas.
“Embora o nível do lago já tenha caído significativamente em comparação com algumas semanas atrás, ele permanece acima do nível da enchente. Algumas pessoas ainda não conseguiram regressar às suas casas. Há empresas e até uma agência bancária com dificuldades para reabrir. Em pelo menos um ponto o trânsito continua interrompido e o transporte de barcos e embarcações teve que ser alterado”, disse Costa.
Com informações da Agência Brasil.
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