A construção da ferrovia estadual de Mato Grosso representa cerca de 62,1% do saldo da geração de empregos no estado no segmento de construção de obras de infraestrutura no primeiro trimestre de 2024. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e foram compartilhados pela Rumo (BVMF:), que recebeu autorização estadual para administrar as obras da ferrovia Senador Vicente Emílio Vuolo.
Segundo dados do Caged, foram criadas 1.666 vagas em todo o estado nesse segmento no período. Desse valor, cerca de 1.035 são destinados às obras ferroviárias da Rumo, maior operadora ferroviária do país.
Somente no mês de abril, a concessionária ferroviária foi responsável por 41,4% do saldo de emprego do segmento no Estado.
Segundo dados oficiais, em todo Mato Grosso o saldo de pessoas ocupadas era de 1.478. Destes, as obras ferroviárias estaduais têm participação, pois empregam 612 trabalhadores.
Ferrovia
No total, a construção da ferrovia incluirá mais de 700 quilômetros de novos trilhos para ligar Rondonópolis a Lucas do Rio Verde, na maior região produtora de petróleo do país. Nesta primeira fase, a estimativa de investimento está entre R$ 4 bilhões e R$ 4,5 bilhões, estão previstos mais de 200 quilômetros, atingindo a região da BR-070 onde será construído o primeiro terminal da nova ferrovia.
Segundo o vice-presidente de regulação da Rumo, Guilherme Penin, nos próximos meses as obras deverão atingir o pico de mais de 5 mil empregos diretos. “Nos três primeiros meses do ano tivemos um período de chuvas na região. A partir de maio a tendência é acelerar as obras com o período de estiagem que vai até outubro. É uma obra que está impulsionando a economia do Estado”, ele destaca.
Para o presidente da Federação das Indústrias do Sistema Mato-grossense (Fiemt), Silvio Rangel, o avanço das obras ferroviárias em Mato Grosso poderá trazer diversas consequências para a indústria gaúcha. Uma delas é a redução dos custos de transporte, o que tornará os produtos locais mais competitivos no mercado nacional e internacional. Além disso, a infraestrutura ferroviária pode atrair investimento para a região, impulsionando ainda mais a criação de emprego.
“O aumento do emprego não só melhora as condições de vida da população local, como também estimula o consumo interno, dinamizando vários sectores da economia, como o comércio, a construção e os serviços”, afirma Rangel.
A Fiemt estima ainda que, ao longo da construção da ferrovia, serão criados mais de 200 mil empregos no Estado. Desse total, 114 mil devem ser diretos, 44 mil indiretos e 44 mil induzidos.
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