Ibovespa sobe com ajustes, mas Vale pressiona Por Reuters

Por Paula Arend Laier

SÃO PAULO (Reuters) – O O apresentou uma alta modesta nesta terça-feira, buscando recuperação após ter renovado a mínima desde meados de novembro do ano passado, mas o movimento foi desacelerado pela queda de cerca de 2% nas ações da Vale.

Por volta das 10h50, o Ibovespa subia 0,22%, aos 121.024,36 pontos, com o contrato futuro do índice com vencimento na quarta-feira ainda no radar. O volume financeiro totalizou 2,85 bilhões de reais.

Os investidores também analisaram o IPCA de maio, que avançou mais que o esperado em maio (+0,46%), com a leitura acumulada em 12 meses mostrando alta de 3,93%, o que o afastou ainda mais do centro da meta. da inflação.

Na visão do economista-chefe da Azimut Brasil, Gino Olivares, de forma geral, os números do IPCA encerraram a sequência de surpresas favoráveis ​​na inflação ao consumidor nos últimos meses, segundo nota aos clientes.

“Consideramos que a situação ainda é favorável; mas o comportamento dos núcleos de inflação sugere que o processo de desinflação pode estar a perder força, o que reforça a necessidade de uma postura cautelosa”, acrescentou.

A terça-feira também antecede uma agenda relevante nos Estados Unidos na quarta-feira, que reforça a cautela, com dados de preços ao consumidor de maio e uma decisão de política monetária, acompanhada de projeções econômicas do Federal Reserve.

Em Nova York, apresentou queda de 0,6%, enquanto o rendimento do Tesouro de 10 anos foi de 4,4453%, ante 4,469% na véspera.

DESTAQUES

– MAGAZINE LUIZA ON (BVMF:) avançava 5,82%, após perder mais de 9% nos dois últimos pregões, amparada pelo pregão mais positivo para papéis relacionados à economia doméstica.

– VALE ON (BVMF:) caiu 1,9%, afetado pela queda nos preços futuros na China, onde o contrato mais negociado na Bolsa de Mercadorias de Dalian encerrou o pregão do dia com queda de 4,16%.

– PETROBRAS PN (BVMF:) subiu 0,51%, apesar do sinal negativo nos preços no exterior, onde o barril foi negociado com queda de 0,26%.

– ITAÚ UNIBANCO PN (BVMF:) avançava 0,45%, corroborando o sinal positivo, enquanto BRADESCO PN (BVMF:) avançava 0,47%.

– RUMO ON (BVMF:) subiu 1,53%, com analistas chamando a atenção para dados operacionais de maio, que mostraram volume total atingindo 7,1 bilhões de toneladas por quilômetro (RTK), ante 6,6 bilhões de toneladas de abril.

– PETRORECONCAVO ON teve variação positiva de 0,64%, após mostrar que a produção consolidada em maio totalizou 26.019 barris de óleo equivalente por dia (boe/dia), aumento de 1% em relação a abril.

– ULTRAPAR ON (BVMF:) teve oscilação positiva de 0,09%, em meio ao anúncio de que concordou em adquirir, por meio de sua subsidiária Ultragaz, participação de 51,7% na comercializadora e administradora de energia elétrica Witzler por 110 milhões de reais.

– TAESA UNIT (BVMF:) avançava 0,45% após anunciar que recebeu licença de instalação do Paraná para o trecho da linha de transmissão Bateias-Curitiba Leste.

– MARISA LOJAS ON, que não faz parte do Ibovespa, caiu 4,27%, na sequência da aprovação de um aumento de capital privado de até 750 milhões de reais no âmbito de uma reestruturação financeira mais ampla que vem implementando.

– AMERICANAS ON (BVMF :), que também não faz parte do Ibovespa, apresentou estabilidade, com resultados preliminares não auditados do primeiro trimestre deste ano mostrando receita líquida de 3,76 bilhões de reais ante 3,63 bilhões um ano antes.