O vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) criticou nesta segunda-feira, 10, a dissidência da direita que pretende apoiar um nome alternativo ao do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições gerais de 2026. O ex-chefe do Executivo está inelegível até 2030, por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O filho do ex-presidente criticou membros de um grupo que ele ironicamente chamou de “direita sensata”.
“É um movimento que quer substituir o outro”, escreveu o parlamentar da Câmara Municipal do Rio de Janeiro no X. Para Carlos Bolsonaro, os dissidentes “pisam na cabeça” daqueles que doaram para a ascensão política de Jair Bolsonaro.
“Isto não é direita, isto é oportunismo barato de quem não tem humildade”, criticou o vereador carioca, para quem os antigos apoiantes de Bolsonaro não são “dignos” de suceder ao ex-Presidente como representantes eleitorais de direita.
A próxima eleição presidencial está marcada para 2026. Sem Jair Bolsonaro como opção de candidatura à direita, nomes como os governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo, Romeu Zema (Novo), de Minas Gerais, e Ronaldo Caiado (União) ) Brasil), de Goiás, são especulados para serem sucessores do corpo eleitoral do ex-presidente.
No X, Carlos Bolsonaro diz desconfiar de “oportunistas” que só defendem Jair Bolsonaro quando é oportuno. Já Tarcísio, Zema e Caiado não escondem a preferência política pelo ex-presidente. “Sou bolsonarista, continuarei sendo bolsonarista”, disse Tarcísio neste sábado, 8, após barulho com comunicado elogiando a ex-presidente Dilma Rousseff, com quem trabalhou.
No sábado, Zema comentou as eleições de 2026, afirmando que “tudo é possível” na política e, por isso, não descarta uma chapa com Ronaldo Caiado para Presidente nas próximas eleições. Mesmo assim, segundo o governador de Minas Gerais, as pesquisas de intenção de voto que testam seu nome para a sucessão presidencial são “muito prematuras”.
Em maio, pesquisa Genial/Quaest apontou que Tarcísio de Freitas e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) são os nomes mais cotados para concorrer ao comando do Executivo federal no lugar do ex-presidente. 28% dos eleitores entrevistados e Tarcísio de Freitas aparece com 24%. Entre os bolsonaristas, Michelle é a favorita de 41% e Tarcísio, de 33%. Em um dos cenários simulados pela pesquisa, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) venceria Tarcísio de Freitas no segundo turno por estreita margem: 46% a 40%.
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