O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), manifestou apoio nesta segunda-feira, 10, à escolha do coronel reformado Ricardo de Mello Araújo como candidato a vice na chapa do prefeito Ricardo Nunes (MDB) para a disputa de outubro. A indicação de Araújo foi feita pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e não enfrenta resistência dentro do MDB.
“Serei fechado com o presidente Bolsonaro”, disse o governador sobre a escolha de Araújo. “Apesar da mudança de cenário, é importante fazer esse acordo o mais rápido possível. Estaremos juntos com o coronel Ricardo de Mello Araújo e Ricardo Nunes”, acrescentou Tarcísio, durante entrevista coletiva em Taboão da Serra, onde participou na assinatura do aditivo ao convênio para incluir o projeto de extensão do metrô ao município da Grande São Paulo.
Fiel seguidor de Bolsonaro, Araújo atuaria como representante do ex-presidente em um possível novo governo Nunes. O prefeito, por sua vez, receberia reforço na agenda de segurança pública durante a campanha, atraindo o eleitorado bolsonarista. Araújo comandou o Rota, batalhão especial da Polícia Militar de São Paulo, entre 2017 e 2019, e foi diretor da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp) durante o governo Bolsonaro.
Marcal
Inicialmente, Tarcísio teve preferência pela escolha da ex-secretária Sonaira Fernandes (PL). Mas a entrada do técnico Pablo Marçal (PRTB) na disputa teria levado o governador a defender a celeridade na oficialização de Mello Araújo como suplente de Nunes. A pesquisa mostrou que Marçal tem potencial para tirar votos do prefeito.
Na semana passada, o treinador se reuniu com Bolsonaro e declarou que o ex-presidente não apoiaria mais Nunes. Em entrevista com EstadãoNo entanto, Bolsonaro negou a informação. Ele reafirmou que está comprometido com a reeleição do emedebista e disse que jamais permitiria que Marçal falasse em seu nome. Mesmo assim, o encontro do treinador com o ex-presidente foi interpretado como uma forma de pressionar pela nomeação do ex-coronel para a chapa de Nunes.
O presidente do diretório municipal do MDB, Enrico Misasi, disse ao Estadão/Transmissão que o partido, em princípio, não tem objeções ao nome do coronel. “Bolsonaro não está protegido por ninguém e não colocou a ‘faca na garganta’ por nada.”
Misasi destacou ainda a importância da formação de uma chapa competitiva, “com a composição e competência necessárias para derrotar a extrema esquerda”. “Estamos sempre sujeitos a vários nomes. Todos os partidos pleiteiam”, afirmou o dirigente. A informação é do jornal O Estado de S. Paulo.
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