A Federação das Associações dos Arrozicultores do Rio Grande do Sul (Federarroz) considerou correto cancelar o leilão público para compra de arroz importado, porque não há necessidade de importar o cereal para abastecer o mercado interno. O leilão realizado pelo governo foi cancelado nesta terça-feira (11) por questionamentos sobre a capacidade técnica e financeira das empresas vencedoras.
Segundo o presidente da entidade, Alexandre Velho, a importação de arroz pelo governo para vender a preço subsidiado poderá desencorajar os produtores nacionais e aumentar a dependência externa do cereal.
“Se o governo insistir neste erro, estará a representar uma grande ameaça não só para o sector produtivo, mas para as cooperativas e indústrias, e a área arrozeira do próximo ano poderá voltar a diminuir, trazendo uma dependência cada vez maior da importação de um arroz que custa igual, ou mais caro, e não tem a mesma qualidade do nosso produto”, disse Velho, em entrevista ao Agência Brasil.
Segundo o presidente da Federarroz, os produtores brasileiros não têm condições de produzir arroz para vender a R$ 4 o quilo, preço prometido pelo governo para o produto que seria importado.
“É uma concorrência desleal o governo subsidiar o arroz, beneficiando um produtor asiático e prejudicando um produtor brasileiro que fornece um produto de alta qualidade. Teríamos que utilizar recursos para manter esses produtores em atividade e não beneficiar produtores de fora do país”.
Federarroz estima que não há risco de desabastecimento de arroz no país, pois a área plantada aumentou este ano, e o desabastecimento no Rio Grande do Sul atingiu apenas 15% da área, pois em 85% da área o arroz já havia sido colhidas antes das cheias. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a estimativa para 2024 aponta para uma produção de 10,5 milhões de toneladas de arroz, um aumento de 2% em relação ao volume produzido em 2023.
“Temos aumento de área e aumento de produção, mesmo com o fracasso de parte da colheita gaúcha. Além disso, tivemos uma redução nas exportações, da ordem de 300 mil toneladas, que permanecerão no mercado interno. Então, onde está a justificativa técnica para tomar tal ação?” pergunta o presidente da Federarroz.
Nesta quinta-feira (13), a Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Arroz realizará reunião extraordinária para debater uma posição unânime do setor produtivo, das cooperativas e do setor industrial. “Todo o setor orizícola brasileiro é contra essa medida governamental precipitada, que mostra, no mínimo, falta de sensibilidade”, diz Velho.
Especulação
O Ministério da Agricultura e Pecuária afirma que o objetivo do leilão de arroz é dar continuidade à retomada da política governamental de estoques regulatórios e, assim, evitar especulações no preço do produto, dadas as dificuldades enfrentadas pelos produtores gaúchos depois da tragédia climática. que chegou ao Rio Grande do Sul, responsável por 70% da produção nacional. Será realizado um novo processo de compra do cereal, ainda sem data prevista.
Nesta quarta-feira (12), o presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto, determinou que a Inspetoria Geral da estatal abra imediatamente processo para apurar todos os fatos envolvendo o leilão de compra de arroz beneficiado importado . . A empresa também solicitou à Controladoria-Geral da União (CGU) e à Polícia Federal a análise de todo o processo que envolve o leilão.
“Essas medidas visam garantir total transparência nesse processo, bem como a responsabilização e a tranquilidade que a sociedade brasileira merece”, afirma a Conab, reafirmando que a segurança jurídica e o cuidado com o dinheiro público são princípios inegociáveis.
empréstimo para negativado em curitiba
emprestimo aposentado online
empréstimo salário
emprestimo para loas
simular empréstimo banrisul
emprestimo aposentados simulação
onde fazer emprestimos
emprestimo de 20 reais
emprestimo negativado rj
empréstimos para negativados em curitiba
emprestimo desconto em folha