Por Ricardo Brito
BRASÍLIA (Reuters) – O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, foi indiciado pela Polícia Federal pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa em inquérito que investiga desvio de recursos públicos em obras da estatal federal Codevasf, disseram à Reuters duas fontes com conhecimento do assunto nesta quarta-feira.
Juscelino Filho torna-se assim o primeiro membro do primeiro escalão do terceiro mandato do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a tornar-se, enquanto ministro, formalmente suspeito de ter cometido crimes após a conclusão de uma investigação realizada por um órgão ligado ao o próprio governo.
O relatório do caso elaborado pela Polícia Federal foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF). Posteriormente, o documento deverá seguir para a Procuradoria-Geral da República, a quem caberá decidir se denunciará Juscelino, com base nas apurações feitas pela PF, solicitará investigações e medidas adicionais ou encerrará o caso por falta de provas. Caso a PGR decida apresentar denúncia, caberá ao STF decidir se o ministro se torna réu no caso.
A decisão da PF de indiciar Juscelino Filho foi publicada inicialmente pelo jornal Folha de S.Paulo e posteriormente confirmada pela Reuters.
A investigação da PF, segundo a Folha, confirmou irregularidades em obras com recursos de emendas parlamentares da época em que Juscelino Filho atuou como deputado federal pela União Brasil pelo Maranhão – ele está afastado do cargo para ocupar o ministério.
Em longa nota, Juscelino Filho disse que, como deputado, apenas indicou emendas parlamentares para financiar obras, e que a licitação, execução e fiscalização de projetos são de “responsabilidade do Poder Executivo e demais órgãos competentes”, destacando que não há não havia relação com seu trabalho à frente do ministério.
“Durante meu depoimento, o delegado responsável não fez nenhuma pergunta relevante sobre o tema da investigação. Além disso, encerrou-a abruptamente após apenas 15 minutos, sem dar espaço para esclarecimentos ou maiores elaborações”, disse.
“Isso levanta dúvidas sobre a sua isenção, repetindo um modus operandi que já vimos na Operação Lava-Jata e que causou danos irreparáveis a pessoas inocentes”, afirmou.
O ministro afirmou que o indiciamento não implica culpa e que caberá à Justiça julgar o caso. Acrescentou que a sua inocência será provada no final do caso e espera que o amplo direito à defesa e a presunção de inocência sejam respeitados.
Filho disse que o indiciamento foi uma “ação política e previsível”. Para o ministro, a investigação procurou focar na criação de uma “narrativa de culpabilidade perante a opinião pública, com vazamentos seletivos, sem considerar fatos objetivos”.
Também contactada, a Secretaria de Comunicação da Presidência da República não respondeu de imediato a um pedido de comentários.
Ainda em março do ano passado, quando surgiram suspeitas envolvendo o uso pelo ministro de um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para participar de um leilão de cavalos de corrida, Juscelino Filho foi mantido no cargo por Lula devido ao apoio das alas da Câmara dos Deputados. Deputados. Deputados e o Senado para ele. Na época, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, chegou a pedir seu afastamento do cargo.
emprestimo curitiba negativado
banco pan empréstimo pessoal simular
empréstimo desconto em conta
emprestimo consignado para bpc loas
emprestimo pessoal sorocaba
site de emprestimos
emprestimo pessoal e consignado
emprestimo consignado aposentado
banco empréstimo
empréstimo pessoal sorocaba