BRASÍLIA (Reuters) – Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiram nesta quarta-feira que o saldo das contas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) será remunerado por meio de um sistema que garanta ao menos a atualização pela inflação medida pela Ampla Agência Nacional Índice de Preços ao Consumidor (IPCA).
O STF acatou a proposta apresentada pela Advocacia-Geral da União, após negociação com os sindicatos, para que a correção do fundo fosse de 3% ao ano, mais a Taxa Referencial (TR), com a distribuição obrigatória dos resultados obtidos pelos o fundo no valor necessário para garantir o índice IPCA. A decisão não tem efeito retroativo.
Atualmente, a remuneração das contas é feita em TR mais 3%, cabendo ao Conselho Curador a liberdade de determinar a distribuição ou não dos resultados. Na prática, a remuneração ultrapassou a inflação nos últimos anos.
O IPCA acumulou alta de 3,93% nos 12 meses até maio. A meta do Banco Central é levar a inflação para 3%.
O julgamento do STF foi retomado nesta quarta-feira após ser adiado após pedido do ministro Cristiano Zanin em novembro do ano passado. Não houve maioria e a votação média prevaleceu.
O procurador-geral da União, Jorge Messias, disse que a decisão do Supremo representa uma vitória para todos os envolvidos na discussão. Segundo ele, ganham os trabalhadores, quem financia a casa e os empregados da construção.
“O governo, sob a liderança do presidente Lula, está demonstrando que, por meio do diálogo construtivo, podemos encontrar as melhores soluções para a população e para o desenvolvimento do país”, afirmou.
A decisão foi tomada em uma ação movida pelo partido Solidariedade em 2014, que queria que a correção do FGTS fosse, pelo menos, para a poupança – que é de 6,17% ao ano. O partido alega que os trabalhadores acabam demorando a corrigir o fundo ao longo do tempo.
O governo e as construtoras temiam que uma grande mudança na forma de remuneração do FGTS pudesse descapitalizar o sistema de financiamento habitacional do país, que é fortemente baseado nos recursos do fundo.
O presidente da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc), Luiz França, disse em nota nesta quarta-feira que a decisão do STF “trouxe uma nova perspectiva para o futuro do FGTS”.
“A decisão levou em conta a importância da habitação e procurou preservar a capacidade do Fundo de investir em habitação, saneamento e infraestrutura, e também permitir que milhões de famílias realizem o sonho da casa própria”, afirmou.
Para o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Renato Correia, a decisão foi “a mais correta possível”.
“Mantém o poder de compra dos depósitos e mantém a saúde do FGTS para continuar cumprindo sua dupla missão, de garantir a proteção do trabalhador no momento da demissão e o fluxo para a habitação social, o que também beneficia o trabalhador”, afirmou .
(Reportagem de Ricardo Brito)
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