O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chega à Suíça nesta quinta-feira (13.jun.2024) para participar do fórum inaugural da Coalizão Global pela Justiça Social, iniciativa lançada pela OIT (Organização Internacional do Trabalho). À noite, ele voará para a Itália, onde participará na sexta-feira (14 de junho) como convidado da cúpula dos líderes do G7.
O chefe do Executivo brasileiro chega às reuniões de olho no avanço da direita no Parlamento Europeu e no aumento da pressão dos Estados Unidos sobre a Rússia.
Lula foi convidado pela primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni (Irmãos da Itália – à direita), para o G7. É a 8ª vez que o petista participa da cúpula como convidado – 6 vezes nos seus 2 primeiros governos e em 2023, no 1º ano do 3º mandato. O evento será realizado em Borgo Egnazia, na região de Puglia, na Itália.
O grupo reúne as 7 economias mais avançadas do mundo:
- Alemanha;
- Canadá;
- NÓS;
- França;
- Itália;
- Japão
- REINO UNIDO.
Segundo o Itamaraty, o eixo do discurso do presidente na reunião, que deve durar 5 minutos, será vincular os principais temas do G7 ao que está sendo trabalhado pelo Brasil na presidência do G20. Lula quer incentivar a presença dos principais líderes globais na cúpula que o país sediará em novembro, no Rio. Espera-se também que ele discuta a Aliança Global contra a Fome e a tributação dos super-ricos. Ele falará na reunião ampliada, com os líderes dos grupos e demais convidados.
Os temas que serão discutidos na sessão são:
- inteligência artificial;
- energia;
- África;
- Mediterrâneo.
O Papa Francisco, chefe da Igreja Católica, será o orador de abertura sobre os dois primeiros assuntos. O presidente da Mauritânia, Mohamed Ould Ghazouani, na qualidade de presidente da União Africana, falará sobre os outros 2 temas.
Além do Brasil e da Mauritânia, líderes da África do Sul, Arábia Saudita, Argentina, Egipto, Emirados Árabes Unidos, Índia, Nigéria, Quénia, Tunísia e Turquia deverão estar presentes como convidados na cimeira do G7.
Também participarão diretores de organismos internacionais, como: ONU (Organização das Nações Unidas), FMI (Fundo Monetário Internacional), Banco Mundial, Banco Africano de Desenvolvimento e OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico).
Reuniões bilaterais
Lula se reunirá a sós com o Papa Francisco, líder da Igreja Católica, à margem do evento. A reunião foi solicitada pelo governo brasileiro. Algumas das questões que o presidente deveria levar ao pontífice são a formação de uma aliança global contra a pobreza e a tributação global dos super-ricos.
Lula também terá 4 reuniões bilaterais:
- Narendra Modi (Partido Bharatiya Janata – direita) – Primeiro Ministro da Índia;
- Cyril Ramaphosa (Congresso Nacional Africano – centro-esquerda) – presidente da África do Sul;
- Emmanuel Macron (Renascença – centro-direita) – presidente da França;
- Ursula von der Leyen (União Democrata Cristã – centro-direita) – presidente da Comissão Europeia.
Outros 4 pedidos de reuniões com lideranças estrangeiras foram solicitados ao governo brasileiro, mas ainda não foram confirmados.
O presidente da Argentina, Javier Milei (Partido Libertário – direita), também foi convidado para a cúpula. Ele e Lula, porém, não devem se encontrar sozinhos. Ambos são adversários políticos na América do Sul e não se encontram desde a eleição argentina em novembro.
O argentino estará acompanhado da irmã, Karina Milei, secretária-geral da Presidência, que substituirá a ministra das Relações Exteriores, Diana Mondino. A decisão foi vista como uma forma de fortalecer Karina no governo do irmão, que enfrenta resistências internas às reformas econômicas promovidas.
Direita avança na Europa
A Cimeira do G7 realizar-se-á após a vitória da direita nas eleições para o Parlamento Europeu, que terminaram no domingo (9 de junho de 2024). O Partido Popular Europeu manteve o maior grupo na Legislatura da União Europeia, tendo conquistado mais 8 assentos. No total, teve 184 deputados.
Outros grupos nacionalistas avançaram no Parlamento. Identidade e Democracia e Reformistas e Conservadores Europeus conquistaram cadeiras, o que terá maior peso numa possível coligação do grupo. Com a nova composição, os deputados de direita e centro-direita serão 395 do total de 720, um domínio de 54,9%.
De centro-direita, o Partido Popular Europeu é o mesmo de Ursula von der Leyen, atual presidente da Comissão Europeia. O resultado favorece sua reeleição. O bom desempenho dos grupos de direita representou sobretudo uma derrota para os governos francês e alemão, que têm direito aos maiores assentos no Parlamento (81 e 96, respetivamente).
Em reacção, o presidente francês Emmanuel Macron dissolveu o Parlamento e convocou novas eleições. O primeiro-ministro da Bélgica, Alexander De Croo, anunciou a sua demissão do cargo. Há uma pressão semelhante da direita em Espanha.
O Itamaraty, porém, minimizou o impacto do avanço da direita europeia na reunião do G7. Segundo o embaixador, Mauricio Lyrio, o assunto não deve atrapalhar a participação de Lula no encontro.
“É uma questão europeia e não faz parte das discussões do G7. Não é um tema que será necessariamente discutido entre os líderes”, afirmou.
EUA x Rússia
Os Estados Unidos anunciaram nesta quarta-feira (12 de junho) sanções contra mais de 300 entidades russas, como a Bolsa de Valores de Moscou. A ação tem como alvo empresas chinesas que, segundo o Departamento de Estado dos EUA, estão ajudando o país liderado por Vladimir Putin (independente) na campanha militar na Ucrânia.
As novas sanções procuram enfraquecer a infra-estrutura financeira da Rússia, limitando a capacidade do país de realizar transacções em dólares e euros. A decisão do presidente Joe Biden (democrata – centro) repercutirá durante o G7.
As restrições ainda visam setores importantes para o esforço de guerra russo, como capacidade de produção e exportação de energia, metais, mineração, bem como materiais necessários ao conflito. A medida afetará cerca de 300 pessoas físicas e jurídicas.
Justiça social no trabalho
Lula foi convidado pelo diretor-geral da OIT (Organização Mundial do Trabalho), Gilbert F. Houngbo, para copresidir a coalizão pela justiça social, que se reunirá anualmente. Este ano, será realizada à margem da 112ª Conferência Internacional do Trabalho.
O evento na Suíça abordará “o combate às desigualdades sociais, a implementação dos direitos trabalhistas integrados aos direitos humanos, a ampliação da capacidade e o acesso aos meios produtivos e a promoção do trabalho decente”, segundo o Palácio do Planalto. O presidente do Nepal, Ram Chandra Paudel, também participa do fórum.
Como convidado de honra, Lula deverá discursar no evento, que será realizado na sede das Nações Unidas. Ele deve defender a tributação de grandes fortunas e formas de mitigar problemas no mercado de trabalho causados por questões como as mudanças climáticas e o avanço das tecnologias de inteligência artificial.
Os países que compõem o grupo apresentarão iniciativas e projetos em favor da colaboração global para reduzir as desigualdades.
emprestimo curitiba negativado
banco pan empréstimo pessoal simular
empréstimo desconto em conta
emprestimo consignado para bpc loas
emprestimo pessoal sorocaba
site de emprestimos
emprestimo pessoal e consignado
emprestimo consignado aposentado
banco empréstimo
empréstimo pessoal sorocaba