Foragido da justiça, o presidente do Solidariedade, Eurípedes Júnior, é suspeito de envolvimento no desaparecimento de um helicóptero avaliado em R$ 3,5 milhões do PROS – partido incorporado pelo Solidariedade -, no desmantelamento da sede e do parque gráfico do ex-partido e também num esquema de roubo mediante fraude que teria resultado no “esvaziamento das contas da associação” às vésperas de sua destituição da presidência do PROS.
O líder foi o principal alvo da Operação Fundo no Poço, inaugurada nesta quarta-feira, 12, pela Polícia Federal. Agentes tentaram cumprir mandado de prisão para Eurípides, mas ele não foi encontrado. A ofensiva investiga a suspeita de desvio de R$ 36 milhões de verbas partidárias e eleitorais do Solidariedade nas eleições de 2022 e possíveis candidaturas laranjas lançadas no Distrito Federal (mais informações nesta página). O presidente do partido é citado nas investigações como “líder da organização criminosa”.
Ó Estadão procurou o Solidariedade e a defesa de Eurípedes Júnior, mas não obteve resposta até a publicação deste texto. O espaço permanece aberto.
A operação que teve como alvo o presidente do Solidariedade foi autorizada pelo juiz Lizandro Garcia Gomes Filho, da 1ª Zona Eleitoral de Brasília. Ao ordenar a prisão preventiva do líder, o magistrado destacou indícios que apontam para o desvio de dinheiro público em benefício de Eurípides e de seus familiares e aliados.
Equipamento
O “desmantelamento” da sede e do parque gráfico do PROS foi destacado pelo juiz na decretação da prisão preventiva de Eurípides. Segundo Gomes Filho, o dirigente poderia “comprometer a produção de provas com o objetivo de constranger o prosseguimento das investigações”.
A PF indica que o ex-presidente do PROS e agora presidente do Solidariedade “ordenou o desmonte” do parque gráfico do partido em Planaltina (GO) às vésperas do julgamento do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios que o afastou do a presidência disso quebrada.
Os investigadores disseram ter encontrado uma nota fiscal indicando que o equipamento foi vendido por R$ 868 mil. Porém, segundo a PF, a avaliação dos equipamentos ultrapassa R$ 15 milhões, “denotando desvio de valores em favor do grupo investigado”. O relatório da PF aponta que, além do maquinário, também foram retirados dez veículos, um helicóptero, computadores e até aparelhos de ar condicionado da sede do partido.
Contas
A PF também analisou saques financeiros de R$ 3 milhões de contas do PROS após o afastamento de Eurípedes – o reembolso foi posteriormente comunicado à Fundação da Ordem Social, ligada ao partido. A PF classificou esse movimento como “grave indício de organização criminosa”.
“Ao ser afastado por decisão judicial do comando partidário, em 8 de março de 2022, (Eurípedes) procurou esvaziar as contas do grupo, procedendo ao repasse de valores do Fundo Partidário para a Fundação Ordem Social, onde ainda teria poderes de gestão e direção”, diz a PF.
Os investigadores descrevem Eurípedes como chefe de uma organização criminosa “estruturalmente organizada com o objetivo de desviar e apropriar recursos de fundos partidários e eleitorais”. Segundo reportagem do Fundo no Poço, ele “administra o partido como um bem privado, obtendo enriquecimento pessoal e familiar ilícito através do desvio e apropriação de recursos públicos destinados à atividade político-partidária”.
Viagens
Segundo as investigações, esses recursos repassados ao partido que havia sido desviado pagaram viagens de Eurípedes e sua família. Esposa, mãe, irmão, cunhada, prima e sobrinhos do líder também são investigados. Alguns ocupam cargos no Solidariedade.
Vários destinos estão listados na pesquisa – Emirados Árabes Unidos, França, República Dominicana, Estados Unidos, México e Itália. Dois deles chamaram a atenção da PF: Miami e Orlando. Isso porque as viagens quase sempre faziam escala no Panamá, um paraíso fiscal. Os federais estão investigando se membros da família do líder mantêm contas offshore.
O fluxo das viagens e o paradeiro até então incerto do helicóptero registrado em nome do PROS levaram o juiz Gomes Filho a ordenar a apreensão dos passaportes de todos os investigados, por considerá-los um risco de fuga. A aeronave foi apreendida anteontem.
Gomes Filho também fez um alerta ao destacar em sua decisão a proximidade das eleições municipais. “O Solidariedade irá gerir fundos eleitorais milionários, com sério risco de continuação de actos criminosos, dada a percepção de que os arguidos, familiares e pessoas a eles relacionadas permanecem em cargos importantes no partido, com forte suspeita de que persistem em pleno atividade criminosa nos mesmos padrões perpetrados no então PROS”, afirmou.
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