O ministro de Minas e EnergiaAlexandre Silveira, afirmou, nesta segunda-feira (27/5), que “nunca ligou e nunca ligará para interferir na governança da Petrobras“, dias após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) realizar uma mudança na presidência da empresa.
“Todos os projetos que queremos [governo federal] para o Brasil eles têm que passar pela governança da Petrobras. Não intervimos nesta governação. Sempre deixei isso muito claro: nunca liguei e nunca vou ligar para interferir na governança da Petrobras”, defendeu.
A declaração do ministro ocorreu após abertura da reunião do grupo de trabalho (GT) de Transições Energéticas do G20 (Grupo dos Vinte), em Belo Horizonte, Minas Gerais.
A demissão de Prates ocorreu após atritos com Silveira
A demissão de Jean Paul Prates do comando da Petrobras — substituído por Magda Chambriard — ocorreu em decorrência de diversas divergências e atritos com o próprio ministro de Minas e Energia e outros membros do governo federal.
Petrobras: como foi a conversa em que Lula demitiu Jean Paul Prates
Além de Lula e Rui Costa (Casa Civil), Silveira esteve presente na conversa “bastante dura” do dia 14 de maio, que resultou na destituição de Prates da presidência da empresa.
Vale lembrar que divergências entre membros do governo e o ex-presidente da Petrobras sobre os dividendos da Petrobras foram um dos motivos responsáveis por gerar certa instabilidade durante a estadia de Prates.
Enquanto Prates era favorável a uma maior distribuição aos acionistas, Lula e o ministro adotaram publicamente posição contrária.
Magda Chambriard à frente da Petrobras
Questionado sobre o que espera da gestão de Magda Chambriard na Petrobras, o ministro de Minas e Energia disse que “muitos fatores” o levam a ser “muito otimista”.
Foi aprovado e tomou posse da empresa na manhã da última sexta-feira (24/5).
Entre os fatores que deixam o chefe de Minas e Energia “otimista” está Magda ter acompanhado as discussões entre o Ministério de Minas e Energia e a Petrobras sobre a agenda nacional.
“A agenda não é a do Ministro de Minas e Energia do Brasil. A agenda que defendo é uma que acredito, mas é uma agenda brasileira, uma agenda de governo”, explicou.
O ministro continuou: “Então, estou muito otimista porque [Magda] conhece a agenda. Quando aceitou o desafio, aceitou conhecendo a agenda e o fará com esse espírito. Com o espírito de manter a empresa sob uma gestão que dê credibilidade à empresa para atrair investidores.”
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