O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou, nesta quarta-feira (29), em Brasília, uma medida provisória (MP) para ampliar o alcance do Fundo Social e disponibilizar recursos para abertura de crédito em locais afetados por calamidades públicas.
Com isso, até R$ 15 bilhões poderão ser usados em financiamento para empresas de todos os portes no Rio Grande do Sul, que enfrenta a maior tragédia climática de sua história com chuvas, enchentes e mortes.
A MP autoriza a utilização do excedente financeiro do Fundo Social para disponibilizar linhas de financiamento a pessoas físicas e jurídicas localizadas em entes federativos em estado de calamidade pública. O fundo reúne recursos gerados pela exploração de petróleo no pré-sal. O crédito será operacionalizado em parceria com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
“Mudamos o paradigma de lidar com os problemas climáticos neste país a partir de agora. Não apenas o Rio Grande do Sul, mas qualquer região que tenha problemas climáticos terá que tomar medidas especiais. E é por isso que estamos trabalhando na construção de um plano antecipado para tentarmos evitar que as coisas aconteçam neste país”, disse Lula, em evento no Palácio do Planalto, para anunciar novas medidas para ajudar o povo gaúcho. Sul.
“Temos consciência de que muitas vezes, em muitos outros momentos históricos, o governo anunciou medidas, estava cheio de boa vontade, mas depois, o tempo passa, as medidas não acontecem rapidamente, o dinheiro não chega, as obras não’ isso não aconteceu. Então, a nossa preocupação neste momento é garantir que não haja entraves burocráticos que impeçam que as decisões do governo ocorram no final”, acrescentou o presidente.
Fundo social
Os R$ 15 bilhões do Fundo Social poderão ser aplicados em três linhas de financiamento. A primeira é para aquisição de máquinas, equipamentos e serviços, com juros de 1% ao ano mais o espalhar bancário [diferença entre taxa de captação do dinheiro pelos bancos e a cobrada dos clientes]com prazo de até 60 meses e 12 meses de carência.
A segunda linha deverá financiar projetos customizados, incluindo obras de construção civil, com a mesma taxa de juros e espalhar e prazo de pagamento de até 120 meses com carência de 24 meses. O limite por operação desses créditos é de R$ 300 milhões.
A terceira linha será para ajudar no capital de giro emergencial das empresas, com custo base de 4% ao ano para micro, pequenas e médias empresas (MPME) e 6% ao ano para empresas de maior porte. espalhar Bancário. O prazo será de até 60 meses com carência de 12 meses. O limite por operação é de R$ 50 milhões para MPMEs e R$ 400 milhões para grandes empresas.
O presidente Lula parabenizou o trabalho dos bancos e do presidente do BNDES, Aloízio Mercadante, em garantir que o dinheiro “chegue no final”. Ele também exigiu a colaboração do Banco Central na redução da taxa Selic, que é a taxa básica de juros da economia.
“Espero que o presidente do Banco Central [Roberto Campos Neto] veja a nossa disposição em reduzir a taxa de juros e talvez ele colabore conosco reduzindo a taxa Selic para que possamos emprestar com uma taxa de juros ainda mais barata, espalhar mais barato”, disse Lula.
O secretário executivo do Ministério das Finanças, Dario Durigan, destacou que as empresas beneficiárias das novas linhas de financiamento devem manter o compromisso com o nível de emprego.
“Estamos fazendo um esforço conjunto aqui. É preciso envolver o Estado, as empresas e os trabalhadores dessas empresas para que possamos reduzir ao máximo o impacto no Rio Grande do Sul”, disse durante evento com o presidente Lula. “Estamos falando de uma linha [de crédito]aliás, muito barato”, destacou.
Segundo Durigan, foi convocada uma reunião extraordinária do Conselho Monetário Nacional (CMN) para a próxima semana para detalhar e aprovar a medida, “para que esta linha esteja disponível o mais rápido possível para empresas e agricultores gaúchos”.
Acesso ao crédito
Além das novas linhas de financiamento, Durigan anunciou que cooperativas de crédito passarão a atuar no Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) para oferecer crédito subsidiado a pequenas e médias empresas urbanas dos setores industrial, comercial e de serviços. setores. . Até então, as cooperativas operavam apenas crédito rural.
“Estamos fazendo um ajuste, também via medida provisória, para que as cooperativas que têm amplo relacionamento no Rio Grande do Sul com empresas também possam operar o Pronampe para médias e pequenas empresas de cidades de diversos setores. Isto garante que o nosso objectivo central seja alcançado, disponibilizando imediatamente a ajuda e o crédito”, disse o secretário executivo.
A terceira medida anunciada pelo Ministério da Fazenda é um aporte adicional de R$ 600 milhões ao Fundo Garantidor de Operações (FGO) para garantir operações de crédito rural para pequenos e médios agricultores.
Segundo Durigan, os agricultores familiares do Rio Grande do Sul, atingidos mais de uma vez por eventos extremos de mudanças climáticas, têm dificuldade de acesso às linhas já subsidiadas e “muito baratas” do Pronampe Rural e do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar ( Pronaf).
“Com esse aporte adicional ao FGO, que é esse fundo garantidor, além do recurso disponibilizado aos agricultores, para o setor rural, o governo também se compromete com garantias. Portanto, reduzindo o risco para os bancos que operam e fornecendo crédito barato mesmo aos agricultores que sofrem repetidamente com as alterações climáticas”, explicou.
Pesquisa e inovação
Durante o evento com o presidente Lula, a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, também anunciou uma linha de crédito, por meio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), para empresas de inovação que foram financiadas por projeto da Embrapii, do BNDES, Lei do Bem ou a própria Finep nos últimos 10 anos.
Serão disponibilizados até R$ 1,5 bilhão, com cobrança de alíquota TR+5%, por meio de operadoras como cooperativas de crédito, Banrisul e Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE). Metade dos recursos será para micro, pequenas e médias empresas e até 40% do empréstimo poderá ser utilizado para capital de giro associado a investimentos em infraestrutura de pesquisa, desenvolvimento e inovação.
Além disso, a Finep também lançará licitação de R$ 50 milhões para reparos emergenciais em equipamentos de centros de pesquisa danificados pelas enchentes e licitação de R$ 15 milhões para equipamentos pessoais de pesquisadores.
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