O Ministério da Saúde trabalha com projeção de até 1.600 casos de leptospirose registrados no Rio Grande do Sul devido às enchentes que atingiram municípios gaúchos nas últimas semanas. O número é quatro vezes maior que o total de casos da doença registrados ao longo de 2023 no estado: 400 casos. O cenário epidemiológico foi divulgado nesta quarta-feira (29) pela ministra da Saúde, Nísia Trindade, durante coletiva de imprensa em Porto Alegre.
“Vimos dados que mostram preocupação com a leptospirose”, disse ele, lembrando que cinco pessoas já morreram no Rio Grande do Sul em decorrência da doença após as enchentes. “Existe tratamento para a leptospirose e, por isso, recomendamos – gostaria de ressaltar – que não esperem a confirmação do diagnóstico. Temos testes, o laboratório central está processando esse material e isso é importante para conhecermos a realidade. Mas o tratamento ocorre a partir do momento em que os sintomas aparecem.”
“Os cuidados de saúde estão a ser prestados e também é fundamental, naturalmente, que as pessoas não se automediquem”, destacou Nísia.
Representantes do Ministério da Saúde se reuniram esta semana com gestores municipais da região, representantes da Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) e sociedades científicas do Rio Grande do Sul para discutir ações de combate às patologias causadas pelas enchentes e tempestades que atingiram o estado nas últimas semanas.
Durante a conferência de imprensa, o ministro reforçou a necessidade de combater a desinformação e apelou a um ambiente que valorize as instituições. “Precisamos da sociedade e do Estado, juntos. Isso é muito importante”, disse ela.
Segundo Nísia, por exemplo, não faltam vacinas no estado, como vinha sendo noticiado por meio notícias falsas nas redes sociais. “O município havia sido invadido pela água, conseguiu recuperar as vacinas. Estamos até emocionados e quero agradecer a todos os trabalhadores da saúde e da gestão que fazem esse esforço hercúleo.”
Doença
A leptospirose é uma doença infecciosa causada pela bactéria leptospira, presente na urina de roedores e comumente adquirida através do contato com água ou solo contaminado. Na fase inicial da doença, os pacientes podem apresentar febre igual ou superior a 38 graus Celsius (°C), dores na região lombar ou na panturrilha e conjuntivite. Os sinais de alerta de gravidade, que podem aparecer a partir da segunda semana, envolvem sintomas como tosse, sangramento ou insuficiência renal.
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