Após as derrotas da semana passada nas votações no Congresso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva retomará seu envolvimento direto na coordenação política do governo. Segundo o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, Lula estará aberto a receber líderes partidários e vice-líderes e também se reunirá com ministros para discutir assuntos em discussão no Legislativo.
Segundo o ministro, “nada” substitui a presença e o contacto do chefe do Executivo com os parlamentares. “O presidente Lula já recebeu líderes e vice-líderes este ano. Ele está disponível para receber líderes e vice-líderes outras vezes”, disse Padilha, em entrevista coletiva nesta segunda-feira, 3, no Palácio do Planalto.
Padilha destacou que o chefe do Executivo “faz questão” de promover agendas de sanção de projetos prioritários do governo, tanto em atos de grande porte quanto de menor porte, para “valorizar” o trabalho dos parlamentares e aproveitar oportunidades de encontro com eles.
“O presidente está sempre disponível para manter contato. E é muito importante que ele esteja sempre disposto a manter contato com lideranças e parlamentares porque nada substitui a presença do Presidente da República”, comentou.
Padilha minimizou as derrotas do governo no Congresso e afirmou que ainda há uma avaliação positiva do desempenho da gestão federal no Parlamento, pois não houve retrocesso em relação aos projetos econômicos e sociais.
As declarações ocorreram nesta segunda-feira após reunião entre Lula e Padilha e os secretários executivos da Fazenda, Dario Durigan, e da Casa Civil, Miriam Belchior, além dos líderes do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), no Senado , Jaques Wagner (PT-BA), e na Câmara, José Guimarães (PT-CE). Após o encontro, Padilha, Randolfe e Guimarães concederam entrevista.
Segundo Padilha, Lula havia interrompido as reuniões de coordenação por conta da tragédia no Rio Grande do Sul. Agora, “depois do momento mais crítico” no Estado, o presidente quer retomar tais agendas.
O foco da reunião é discutir a agenda do governo no Parlamento. Na semana passada, entre os temas analisados, deputados federais e senadores derrubaram o veto de Lula à soltura temporária de presos, a “saidinha”, mantiveram o veto do ex-presidente Jair Bolsonaro, que impediu que a divulgação de informações falsas em uma campanha se transformasse em um crime. eleição e permitiu que Lula vetasse o calendário de emendas.
Apesar das derrotas, Padilha, responsável pela coordenação política do governo com o Congresso, afirmou que há uma “avaliação positiva” devido ao avanço da agenda governamental de projetos econômicos e sociais, além de não haver nenhum rompimento do Orçamento no Sessão do Congresso. .
Segundo ele, o que aconteceu na semana passada não “surpreendeu” os organizadores do governo. “Temos que encarar a realidade, o Congresso tem posições conservadoras”, comentou o ministro.
Mesmo com a retomada das agendas de coordenação, Padilha afirmou que o governo continua acompanhando diariamente as ações da gestão federal no Rio Grande do Sul.
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