Pesquisa realizada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), em parceria com o governo do Rio Grande do Sul, com 14 mil empresas mostra que 80% precisam de crédito para retomar seus negócios. As três necessidades mais urgentes destacadas pelas empresas são o acesso ao crédito, o diferimento de impostos e a renegociação de dívidas.
Com o objetivo de dar apoio emergencial aos empresários gaúchos, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou a instalação de um posto avançado na sede do Conselho Regional de Contabilidade do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre. O posto funcionará desta quarta-feira (5) até o dia 28 deste mês, com o objetivo de apresentar soluções de crédito e garantia para empresários e produtores rurais afetados pelas enchentes.
Cerca de 30 bancários trabalharão na capital gaúcha com o objetivo de oferecer uma base local de divulgação de informações, abrangendo condições financeiras, modalidades operacionais e condições de acesso. Estão previstas reuniões das equipes do BNDES com entidades de representação empresarial, como a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes, o Sindicato da Hospedagem e Alimentação de Porto Alegre e Região, o Sindicato da Indústria de Laticínios, a Associação das Indústrias do Mobiliário do Estado, a Associação Brasileira das Indústrias de Calçados, Sindicato das Indústrias de Máquinas Agrícolas, bem como prefeituras e sindicatos. O banco publicará balanços periódicos em seu site, com informações sobre o desempenho de suas ações no Rio Grande do Sul.
O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, destacou que o objetivo do posto é “garantir o apoio necessário e oferecer soluções que facilitem a retomada das atividades econômicas das empresas da região”.
Calamidade
Na semana passada, o BNDES disponibilizou R$ 15 bilhões em recursos do Fundo Social do Pré-Sal para regiões gaúchas afetadas por enchentes e que tiveram estado de calamidade pública decretado pelo governo federal. Os recursos poderão ser destinados para capital de giro, aquisição de máquinas e equipamentos e projetos de investimentos, como recuperação de plantas produtivas.
A instituição também aprovou a suspensão total dos pagamentos por 12 meses e prorrogou, pelo mesmo período, o financiamento para clientes das cidades afetadas pelos desastres. A medida torna elegíveis para suspensão e renegociação R$ 7,7 bilhões em parcelas, R$ 5,6 bilhões para operações indiretas e R$ 2,1 bilhões para operações diretas, que beneficiarão mais de 227 mil contratos.
Para ampliar o acesso ao crédito das micro, pequenas e médias empresas, o BNDES disponibilizou mais de R$ 500 milhões em garantias, no âmbito do Programa Emergencial de Acesso ao Crédito (FGI PEAC), para novos financiamentos, cujo potencial poderia faturar até R$ 5 bilhões em crédito.
Todas as linhas de financiamento do BNDES continuam à disposição dos empresários da região. Destaque para a Linha Emergencial Automática do BNDES. Essa linha permite o financiamento de capital de giro isolado para retomada da atividade econômica em municípios com até 500 mil habitantes reconhecidos pelo governo federal em estado de emergência decorrente de eventos geológicos, biológicos, com substâncias radioativas, rompimento ou rompimento de barragens, enchentes, ciclones ou tempestades ou estado de calamidade pública.
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