Nesta quarta-feira (5), o Ministério Público de São Paulo denunciou vários diretores da operadora de planos de saúde Prevent Senior à Justiça por crimes supostamente cometidos durante a pandemia do novo coronavírus dentro dos hospitais do grupo.
Segundo o MP, dez dirigentes da empresa e um médico foram indiciados pelo crime de homicídio culposo [sem intenção] pelas mortes de sete pacientes que teriam ocorrido em decorrência de tratamentos ineficazes contra a covid-19. “O que estamos imputando é que foram feitas experiências com medicamentos inadequados e que, pelas comorbidades e pelo histórico que o paciente já tinha, esse tratamento acabou contribuindo para a sua morte”, disse o promotor Everton Zanella.
13 diretores da empresa também foram indiciados por prática criminosa por supostamente colocarem pacientes em situação de risco devido ao tratamento realizado com o chamado kit covid, geralmente composto por hidroxicloroquina, ivermectina, azitromicina, vitaminas e outros itens sem eficácia comprovada contra a cobiça. -19. No crime de perigo, explicaram os procuradores, a integridade, a saúde ou a vida de alguém é colocada em risco.
Segundo o Ministério Público, alguns dos dirigentes desta empresa foram acusados tanto do crime de homicídio culposo como do crime de perigo. Os nomes dos arguidos não foram revelados pelo Ministério Público porque o processo decorre sob sigilo para preservar os nomes dos pacientes.
Além disso, oito médicos fizeram acordos de não persecução criminal com o Ministério Público e não foram acusados. Segundo o Ministério Público, as acusações de homicídio culposo concentraram-se nos diretores porque os médicos foram pressionados pela direção da operadora de saúde para prescrever medicamentos ineficazes aos pacientes.
A investigação do Ministério Público não responsabilizou a empresa por esses crimes, apenas pessoas. “Gostaria de ressaltar e deixar registrado que o resultado desse trabalho diz respeito às pessoas, e não ao plano Prevent Senior ou à empresa Prevent Senior, que mantém sua saúde”, disse Paulo Sérgio de Oliveira e Costa, procurador-geral de Justiça.
Na denúncia, o MP também encaminhou ao Congresso Nacional proposta de projeto de lei para enquadrar o crime de exposição ao perigo, que ocorre quando uma pessoa é utilizada em experimento científico sem o consentimento do paciente e sem autorização dos órgãos competentes.
Investigação
O inquérito para apurar a atuação da empresa durante a pandemia foi aberto pelo Ministério Público em setembro de 2021 e constatou mortes ocorridas entre março de 2020 e setembro de 2021.
As mortes ocorridas após esse período não foram objeto de investigação porque, em outubro de 2021, o Ministério Público se reuniu com a Prevent Senior para assinar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) no qual a empresa se comprometeu a não distribuir mais aos segurados a covid kit. O termo também incluía o compromisso da empresa de não promover qualquer tipo de estudo para terapia experimental para a Covid-19.
Segundo o promotor Everton Zanella, os prontuários de 189 pacientes da Prevent Senior em São Paulo foram analisados pelo Ministério Público e por médicos do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo e do Instituto de Medicina Social e Criminologia da Universidade de São Paulo. São Paulo (Imesc) para elaboração do documento final. Parentes das vítimas também foram entrevistados durante a investigação. Além disso, documentos elaborados pelas Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) promovidas pelo Congresso Nacional e pela Câmara Municipal de São Paulo foram anexados à investigação do Ministério Público.
Entre os autos analisados pelo Ministério Público, sete foram alvo de denúncias porque foi possível concluir que o uso de medicamentos inadequados e outras condutas provocadas pelos responsáveis da empresa contribuíram para a morte dos pacientes, o que constituiu o crime de homicídio culposo. Os demais casos foram arquivados, mas poderão ser reabertos caso as famílias questionem a Procuradoria-Geral do Estado (PGJ).
Procurado por Agência Brasil, a Prevent Senior informou, em nota, que não foi citada a respeito da denúncia do Ministério Público de São Paulo. “A empresa sempre respeitou e colaborou com o Ministério Público, mas reitera que seus médicos, funcionários e parceiros sempre atuaram para melhor atender pacientes e beneficiários e nunca cometeram crimes, o que será comprovado na esfera judicial no exercício do contraditório ”.
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