Com cerca de 19 instituições e 50 museus afetados pelas enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul, o estado também começa a reconstruir seus espaços culturais. Para auxiliar nesse processo, o Ministério da Cultura (MinC) visitou alguns endereços e listou próximos passos.
“Neste passeio pudemos conhecer uma pequena parte de toda a cadeia da economia cultural do estado, que foi bastante afetada. Esta chegada do MinC ao Rio Grande do Sul serviu como um momento de acolhimento e escuta dos movimentos culturais para que possamos fazer o formato final das ações que serão implementadas pelo Governo Federal e pelo Ministério da Cultura neste momento de reconstrução de todo o estado”, afirmou o secretário-executivo adjunto do Ministério da Cultura, Cassius Rosa, em nota enviada à imprensa.
Espaços culturais Rio Grande do Sul Foto Carlos Macedo (15)
Espaços culturais gaúchos são reconstruídos após enchentes
Foto: Carlos Macedo
Espaços culturais Rio Grande do Sul Foto Carlos Macedo (2)
Espaços culturais gaúchos são reconstruídos após enchentes
Foto: Carlos Macedo
Espaços culturais Rio Grande do Sul Foto Carlos Macedo (3)
Espaços culturais gaúchos são reconstruídos após enchentes
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Espaços culturais gaúchos são reconstruídos após enchentes
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Espaços culturais Rio Grande do Sul Foto Carlos Macedo (13)
Espaços culturais gaúchos são reconstruídos após enchentes
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Espaços culturais Rio Grande do Sul Foto Carlos Macedo (12)
Espaços culturais gaúchos são reconstruídos após enchentes
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Espaços culturais Rio Grande do Sul Foto Carlos Macedo (11)
Espaços culturais gaúchos são reconstruídos após enchentes
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Espaços culturais gaúchos são reconstruídos após enchentes
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Espaços culturais Rio Grande do Sul Foto Carlos Macedo (6)
Espaços culturais gaúchos são reconstruídos após enchentes
Foto: Carlos Macedo
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Entre os locais atingidos está a sede do grupo de teatro Terreira da Tribo de Atuadores Ói Nóis Aqui Traveiz, que atua há mais de 70 anos. O espaço está alugado e ficou totalmente destruído após fortes chuvas. Agora, a ideia é encontrar um local que possa ser disponibilizado ao grupo para que ele possa retornar às suas atividades.
Outro endereço devastado foi a unidade do Museu Hip-Hop localizada em Esteio. Conhecida como a primeira casa de cultura desse estilo no RS, o local teve estrutura danificada e móveis levados pela enchente.
No Ponto de Cultura Instituto Cirandar, o trabalho será de recuperação do acervo, pois a biblioteca local foi totalmente perdida. A oficina de xilogravura do Museu do Trabalhador também foi afetada e foram perdidos mais de 70 anos de conteúdos, além do teatro local.
O Museu de Arte do Rio Grande do Sul teve seu espaço subterrâneo afetado e algumas gravuras estão em processo de recuperação.
Arte submersa: 50 museus foram danificados em enchentes no RS
As enchentes que devastaram cidades inteiras do Rio Grande do Sul desde o final de abril levaram consigo vidas, bens materiais e, de certa forma, parte da cultura gaúcha. Na capital Porto Alegre, os danos a obras de arte e equipamentos culturais ainda estão em análise, embora um levantamento preliminar das autoridades mostre que a maior parte do acervo estava protegida da água.
O mapeamento inicial dos equipamentos culturais impactados pelo desastre meteorológico, realizado pela Sistema Estadual de Museus (SEM/RS), aponta que pelo menos 50 museus podem ter sido afetados. Até o momento, foram confirmadas inundações em 19 instituições, além de nove museus com calhas transbordantes e vazamentos.
Logo no início das enchentes, instituições localizadas no Centro Histórico da cidade adotaram procedimentos para proteger o seu patrimônio. Ó Museu de Arte do Rio Grande do Sul (Margs)por exemplo, transferiu as obras para andares superiores e vedou as aberturas do prédio e da reserva técnica.
Casa Mário Quintana
Casa Mario Quintana inundada
Divulgação/Sedac
MARGS
Danos em equipamentos culturais da capital estão sendo avaliados
Divulgação/Sedac
Casa Mário Quintana 2
Divulgação/Sedac
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Com um acervo que reúne cerca de 5.700 obras de arte, desde a primeira metade do século XIX até os dias atuais, o Margs comemorou 70 anos de existência, expondo suas obras mais importantes. Tudo foi levado para os andares superiores na primeira semana de maio.
Em meio à instabilidade do nível do rio Guaíba, a Secretaria de Estado da Cultura (Sedac) identificou que algumas criações em papel – entre gravuras, fotografias e desenhos – foram afetadas pela enchente. “O diagnóstico preciso das perdas será feito posteriormente”, informou a Secretaria de Cultura do estado em nota. Os autores cujas obras foram afetadas não foram divulgados.
A Secretaria garante que a maior parte dos acervos das instituições localizadas no polo do POA foram preservados. O local mais impactado teria sido o Museu Estadual do Carvão, que tem como missão preservar o patrimônio histórico-cultural da mineração de carvão no Rio Grande do Sul. O acervo documental do espaço estava molhado e precisou ser guardado no freezer de uma geladeira em São Jerônimo, até que as autoridades traçassem um plano de recuperação.
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