O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, disse nesta quarta-feira (6/12) que dentro de mais uma semana a 10 dias o governo já terá novo edital para novo leilão de importação de arroz. “Lula vai dar uma olhada e vai ser publicado”, disse Teixeira aos jornalistas após reunião com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
Na terça-feira (6/11), após reunião no Palácio do Planalto, o presidente da República decidiu cancelar o primeiro leilão, para o qual houve lance de 263,3 mil toneladas de arroz, 87,79% do total de 300 mil toneladas previsto no edital. A decisão foi tomada após suspeitas de irregularidades.
Segundo o presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Edegar Pretto, as empresas que concorreram ao leilão apresentaram “fragilidades” na importação dos alimentos.
Na reunião, Lula solicitou à Advocacia-Geral da União (AGU) e à Controladoria-Geral da União (CGU) que auxiliassem a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) na elaboração do novo edital.
O colunista de Metrópoles Igor Gadelha apurou que, tal como o primeiro, este leilão prevê a importação de 300 mil toneladas.
A compra de remessas de alimentos visa conter possíveis aumentos de preços após as enchentes no Rio Grande do Sul, estado responsável por 70% da produção nacional de arroz.
O pré-leilão foi marcado por uma batalha judicial para impedir a compra do produto importado, motivada pela resistência de setores produtivos gaúchos e de parlamentares da oposição. Mas, no final, a aquisição foi autorizada pela Justiça Federal.
“Entendemos que esse leilão para compra de arroz representa 3% do consumo de arroz no Brasil. É um valor muito pequeno para ter qualquer tipo de impacto como o que querem dizer do ponto de vista da opinião pública”, afirmou Teixeira. “É um volume pequeno, que pode chegar a 10% em três compras”, argumentou.
Segundo ele, mesmo com o cancelamento do leilão, sua realização “já teve efeito positivo na redução de preços em alguns supermercados de algumas cidades brasileiras”. “É isso que o presidente Lula quer, chegar a um preço do arroz que caiba no bolso do povo brasileiro”, acrescentou.
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