Goiânia – Uma mulher de 66 anos relata que foi agredida por policiais civis enquanto cumpria um mandado de busca e apreensão em sua casa, em Quirinópolis, no sudoeste de Goiás. Laura Rosa de Jesus é sogra de Fábia Cristina Santos, 43 anos, encontrada morta após viajar com o marido para assistir a uma missa e estar desaparecida há mais de 40 dias.
Segundo a denúncia, no dia 2 de maio, seis policiais civis foram à casa da sogra de Fábia para cumprir mandado de busca e apreensão. A reportagem descreve que os agentes chegaram por volta das 6h e arrombaram a porta do apartamento.
A família relata na denúncia que a equipe era coordenada pela delegada Carla de Bem Monteiro, que investigava o desaparecimento de Fábia e Douglas. Segundo o documento, durante a ação, o investigador e dois policiais arrastaram Laura até a cozinha e a atacaram com socos e socos pelo corpo.
Segundo a advogada da família, Rosemere Oliveira, a idosa teve quatro costelas quebradas e duas fraturas de fêmur, além de diversos ferimentos. A família afirmou ainda que o delegado ameaçou a vítima e disse para ela contar que caiu em casa.
Em nota, a Polícia Civil (PC) informou que os fatos narrados na denúncia foram investigados pela Superintendência de Correção e Disciplina. Em nota, o Ministério Público (MP) afirmou que solicitou o exame criminal e agendou o depoimento de testemunhas para adoção de medidas.
Família irritada
Indignada com as agressões, a família de Laura denunciou o caso ao Ministério Público de Goiás no dia 3 de maio e apresentou Boletim de Ocorrência (BO) três dias depois, no dia 6 de maio. Segundo o advogado, a família aguardava o resultado dos exames e laudos da mulher para explicar a situação.
Além das agressões, segundo a denúncia, os policiais também xingaram a família do marido de Fábia porque, segundo o advogado, acreditavam que o caminhoneiro estava escondido. “O deputado disse ‘quero pegar esse bandido’ [e] Ele a chamou de vagabunda”, detalha trecho da denúncia.
Casal desaparecido
Fábia Cristina Santos e o marido, Douglas José de Jesus, foram vistos pela última vez no dia 9 de março. O corpo da professora foi encontrado no carro do casal no dia 22 de abril. O caminhoneiro é investigado por matar e esconder o corpo da esposa. Porém, seu corpo foi encontrado no dia 4 de maio, próximo ao local onde o carro estava.
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