O presidente em exercício e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, afirmou nesta quinta-feira (13) que o governo tem absoluta confiança de que a alta do dólar é temporária e que a taxa de câmbio da moeda internacional irá desistir.
A afirmação ocorre um dia depois de a moeda americana ultrapassar os R$ 5,40 pela primeira vez desde janeiro de 2023.
“Temos absoluta confiança de que o dólar vai cair, isso é algo temporário”, afirmou.
A moeda americana está em trajetória de alta desde o final do ano passado, quando era negociada na casa dos R$ 4,80. Esta semana, o preço foi impulsionado por fatores como o discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre equilibrar as contas públicas com aumento de arrecadação; e a devolução pelo Congresso de uma medida provisória (MP) editada pelo governo que pretendia limitar a compensação que as empresas podem fazer do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins). Com a MP, o governo esperava arrecadar R$ 29,2 bilhões.
Outro fator que contribuiu para o nervosismo da moeda foi a decisão do Federal Reserve (FED, Banco Central Americano) de não cortar a taxa de juros, ou seja, um sinal recessivo para as economias americana e mundial.
Alckmin reforçou o compromisso do governo com o equilíbrio das contas públicas e acrescentou que foi por isso que o governo editou a MP que inibe as compensações fiscais.
“O governo do presidente Lula está comprometido com o quadro fiscal. Na verdade, a questão da MP era justamente conseguir, por um lado, cumprir a responsabilidade fiscal, que é um compromisso do governo brasileiro; e de outro, cumprir decisão do ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal”, declarou.
Alckmin se referia à decisão de Zanin do dia 17, que suspendeu, por 60 dias, o processo que trata da isenção de impostos sobre a folha de pagamento em 17 setores da economia e em determinados municípios até 2027.
Relacionamento com o Legislativo
Sobre a relação com o Congresso após a volta da MP e a busca por medidas que compensem a redução de impostos sobre a folha salarial, Alckmin fez questão de transmitir uma palavra de confiança ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
“Fez um bom trabalho”, e definiu o governo como “diálogo”. “Tenho certeza que [a iniciativa do governo] Será um esforço para melhorar a arrecadação de receitas e, por outro lado, para buscar uma melhor eficiência nos gastos públicos, possibilitando fazer mais com menos dinheiro”, declarou.
Investimentos
As declarações do presidente em exercício foram feitas durante o FII Priority Summit, evento patrocinado por um fundo de investimentos do governo da Arábia Saudita, que reuniu líderes empresariais e autoridades no hotel Copacabana Palace, no Rio de Janeiro. Um dos objetivos do encontro é atrair investimentos estrangeiros para o país. Haddad era esperado no evento, mas cancelou agenda.
Ao falar sobre o relacionamento com o país árabe, Geraldo Alckmin explicou que voltou de viagem a Riad há poucos dias e tem certeza de que “vamos ter muito investimento”.
“Investimento recíproco. Temos nove fundos de investimento”, acrescentou Alckmin, destacando que o Brasil é o segundo maior receptor de investimentos estrangeiros no mundo.
O presidente em exercício destacou cenários positivos para a economia brasileira, como a redução do risco país (a percepção que os investidores internacionais têm do Brasil), o controle da inflação e a queda do desemprego. Ele também citou características como oferta de matérias-primas, como petróleo, gás e minério, agricultura competitiva e indústria diversificada.
Segundo Alckmin, a reforma tributária “fará a diferença”. “Em 15 anos poderá promover o crescimento no [Produto Interno Bruto, conjunto de todos os bens e serviços produzidos no país] PIB de 12%”.
Afirmou ainda que “o Brasil está comprometido com o desenvolvimento inclusivo, sem deixar ninguém para trás”.
Questionado pelos jornalistas sobre o que seria um câmbio equilibrado no país, Alckmin não deu valor. “É difícil dizer números, mas tenho certeza que esse aumento [do dólar] dos últimos dias é transitório. O Brasil tem bases sólidas e compromisso com a responsabilidade fiscal”, reforçou.
A taxa de câmbio influencia diretamente a economia brasileira, com efeitos adversos. Em alta, facilita a vida dos exportadores, o que aumenta a receita em reais. Por outro lado, os produtos importados ficam mais caros e pressionam a inflação.
Em relação à taxa básica de juros do país, a Selic, Alckmin disse acreditar que ela seguirá trajetória descendente. A próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC), órgão que fixa a taxa, será nos dias 18 e 19 de junho.
“A expectativa é que continue caindo, não podemos agir por motivos temporários. Os fundamentos da economia brasileira são muito sólidos”, enfatizou.
A decisão do Copom é importante para o país, pois juros mais baixos tendem a ajudar a impulsionar a economia, enquanto a taxa elevada é utilizada com a justificativa de conter a inflação e atrair capital estrangeiro com perfil mais especulativo.
Presidência em exercício
Alckmin ocupa interinamente a presidência da República devido à viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Europa, onde participa de reuniões da Organização Internacional do Trabalho (OIT) e do Grupo dos 7 (G7), formado pelos países mais desenvolvidos do mundo.
Uma medida assinada pelo vice-presidente enquanto exercia a presidência foi a decreto publicado nesta quinta-feira no Diário Oficial da União que elimina o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para itens doados ao Rio Grande do Sul, estado que se recupera da calamidade causada pelas chuvas. A medida é válida até o final do ano.
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