O fechou o pregão desta sexta-feira, 14, em alta moderada, em linha com a onda de fortalecimento da moeda americana no exterior, mas permaneceu abaixo da linha dos R$ 5,40. Depois de avançar em quatro dos últimos cinco pregões, a moeda encerra a semana com ganhos de 1,08%, o que leva a valorização acumulada no mês para 2,50%.
Pela manhã, o real se desvincula do ambiente externo, com os investidores cortando parte dos prêmios de risco associados à política fiscal. Após receber ontem um abraço do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que o classificou como “ministro extraordinário”, Fernando Haddad recebeu hoje apoio dos principais bancos do país em reunião na sede do Ministério da Fazenda, em São Paulo.
À tarde, o presidente da Febraban, Isaac Sidney, reafirmou, em entrevista exclusiva ao Broadcast, seu apoio a Haddad, “independentemente do barulho dos últimos dias”. Sidney disse que a agenda de equilíbrio fiscal do Tesouro “precisará do apoio do próprio governo, do Congresso, da comunidade empresarial e do setor bancário”. O apoio de Lula e do setor financeiro ao ministro ocorre após rumores de que Haddad, principal garantidor do novo marco fiscal, havia perdido capital político.
O economista-chefe da Monte Bravo, Luciano Costa, observa que, após ultrapassar R$ 5,40 no fechamento da última quarta-feira (R$ 5,4062), o dólar perdeu parte do seu impulso com um “discurso mais coordenado” do governo em apoio a Haddad. Ele lembra que, além da declaração de Lula ontem, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, se reuniu com o chefe da Fazenda e se juntou ao coro a favor da revisão dos gastos.
“Hoje também tivemos participantes do mercado defendendo a agenda de Haddad. Isso trouxe algum alívio, mas continuamos vendo um câmbio em patamar bastante depreciado devido às incertezas fiscais”, afirma Costa. “O mercado ainda aguarda medidas e uma declaração mais clara de Lula apoiando a agenda de ajuste de despesas.”
Termômetro do comportamento do dólar em relação a uma cesta de seis moedas fortes, o índice subiu e voltou a superar os 105,5 mil pontos. O euro continua a enfraquecer no meio da crise política em França, depois de o presidente francês, Emmanuel Macron, ter convocado eleições antecipadas devido ao avanço da extrema direita no Parlamento Europeu. À tarde, os responsáveis da Reserva Federal mencionaram mais uma vez a resiliência da inflação como um obstáculo a um corte nas taxas de juro.
O economista-chefe do Banco Fibra, Marco Maciel, afirma que a queda das taxas do Tesouro de 2 anos de 4,90% para 4,68% nesta semana, após a desaceleração da inflação ao consumidor nos EUA em maio, deve levar a uma valorização das moedas emergentes. No Brasil, a taxa de câmbio poderia ficar entre R$ 5,20 e R$ 5,25.
“A desvalorização mais acentuada do real e da moeda acompanha as atuais idiossincrasias de cada economia, determinadas pelo aumento dos riscos políticos”, diz Maciel, destacando a expectativa de deterioração fiscal e o aumento da incerteza quanto à condução da política monetária no Brasil .
A expectativa majoritária de investidores e economistas é que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anuncie nesta quarta-feira, 19, a manutenção da taxa Selic em 10,50% ao ano, dada a desancoragem das expectativas de inflação e o aumento da percepção de risco fiscal. risco. Em maio, o BC cortou a taxa Selic em 0,25 ponto percentual.
Depois do desconforto com a pontuação dividida na reunião anterior – quando quatro diretores indicados pelo governo Lula votaram por um corte maior da taxa Selic -, uma decisão unânime de mantê-la em uma declaração dura poderia reduzir o estresse no mercado local. Seria um sinal de que o BC não adotaria uma postura leniente com a inflação a partir de 2025, quando o atual presidente da autoridade, Roberto Campos Neto, será substituído e os diretores indicados pelo governo Lula serão maioria no Copom.
“A confirmação da suspensão dos cortes da Selic com pontuação unânime seria favorável ao real. Mas o que vai definir o comportamento do câmbio é um discurso do governo a favor do ajuste fiscal”, diz Costa, de Monte Bravo, que prevê que o câmbio ainda fique entre R$ 5,30 e R$ 5,40 no curto prazo.
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